Brusque registra saldo positivo na geração de empregos em fevereiro
Piora da pandemia da Covid-19 poderá refletir nos números de março
Brusque registrou saldo positivo de empregos formais no mês de fevereiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No geral, a cidade teve um saldo de 835 pessoas contratadas, sendo 3.332 admissões e 2.497 demissões. Foram 158 postos de trabalho a mais do que foi registrado em janeiro. Os números foram divulgados nesta semana.
O setor industrial conta com o maior saldo do mês. Mais de 1,5 mil pessoas foram admitidas no setor, enquanto mais de mil foram demitidas, tendo saldo de 508. Contudo, o número é menor do que o registrado em janeiro no setor, quando o saldo foi de 781.
A presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Rita Conti, explica que em fevereiro houve o aumento do dólar, o que fez com que o comércio nacional fizesse compras em indústrias locais.
Ela ressalta que, pelo estado não ter feito um lockdown geral e alguns estados terem parado, as indústrias locais se sobressaíram. “Também tivemos uma demanda reprimida da população geral, tínhamos a campanha de valorização do comércio local”, completa.
O setor de serviços também registrou um saldo positivo de postos de trabalho: 318, ou seja, 197 a mais do que no mês anterior. No comércio, foram criadas 45 novas vagas, uma melhora em comparação ao saldo de janeiro, quando foram fechados 47 postos de trabalho.
A maior queda do mês foi na construção civil, com a diminuição de 36 pessoas no saldo de empregos. Porém, os números melhoraram em relação a janeiro, quando o setor registrou a diminuição de 178 postos de trabalho.
Ao comparar com o mês de fevereiro de 2020, fica perceptível os reflexos da pandemia. No mesmo mês no ano anterior, o saldo geral tinha sido de 1335. No setor da construção civil, o saldo de postos de trabalho tinha sido de 101 e o de serviços tinha sido de 756.
Expectativa ainda é de queda na geração de empregos
De acordo com a presidente da Acibr, os números positivos em fevereiro aconteceram pois a pandemia ainda não estava no pico da segunda onda. “Ainda não tínhamos o lockdown. A economia estava a pleno vapor, melhorando”, conta.
A expectativa não é animadora. Segundo ela, o impacto da pandemia em março refletirá nos números do próximo mês, que tendem a ter uma queda no saldo na geração de empregos.
“Essa curva vai começar a descer, talvez em março que vamos ver um problema maior. No final do mês, grandes centros foram fechados, como São Paulo e Porto Alegre. Isso afetará a nossa indústria”, finaliza.
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