João Vítor Roberge

joao@omunicipio.com.br

Brusque precisa voltar à força total para as decisões pelo acesso

Quadricolor tem totais condições de conquistar o acesso, mas precisa voltar ao seu melhor nível

João Vítor Roberge

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Brusque precisa voltar à força total para as decisões pelo acesso

Quadricolor tem totais condições de conquistar o acesso, mas precisa voltar ao seu melhor nível

João Vítor Roberge

A derrota do Brusque diante do Operário-PR neste sábado, 26, tem pouco de relevante para a sequência da competição. Os dois times utilizaram reservas em parte considerável das escalações e ambos jogaram sem grande ambição por já estarem classificados. O foco precisa, mesmo, ser todo na segunda fase. Ainda assim, nunca é bom ver o quadricolor fazer uma partida tão ruim.

Tirando a boa jogada que terminou no chutaço de Airton, com a bola explodindo no travessão, o Brusque não fez quase nada do meio para a frente. Até conseguiu ter uma boa postura depois da expulsão de Iran Sidny, mas, no geral, foi uma má atuação. O Operário-PR teve domínio total da partida.

Depois da excelente sequência de cinco vitórias que colocou o quadricolor no G-8, o recorte de resultados não é bom. Empate com o São Bernardo, derrota para o Ypiranga, vitória sobre o Altos, empate com o Náutico e derrota para o Operário-PR. Há um contexto específico, especialmente das duas últimas rodadas, quando a classificação já estava garantida. Mas é preciso voltar ao melhor nível para os seis últimos jogos do campeonato. O Brusque não manteve a pegada, primeiro por problemas em algumas partidas e, depois, por opção.

Matheus Nogueira é peça fundamental na equipe, e precisa voltar logo. Ruan Carneiro não teve problemas contra o Operário-PR, mas o camisa 1 tem uma sequência maior e características que se encaixam muito bem no que o Brusque se propõe a fazer quando precisa sair jogando ou interceptar cruzamentos.

Na outra ponta, Guilherme Queiróz tem um perfil muito diferente de Olávio, que é muito mais um jogador de último toque. Queiróz pode não ser excepcional, mas tem mais velocidade vindo de trás e parece ter participação maior com movimentação e passes na frente. Precisa retornar para que Olávio como opção em vez de “obrigação”.

A segunda fase começa neste fim de semana, visitando o São José-RS na infame grama sintética do Passo d’Areia. O Brusque só não conta com Iran Sidny, suspenso, enquanto o Zeca está sem os atacantes Matheuzinho e Dener, também suspensos. O certo é que o quadricolor precisa estar em seu melhor momento, com força máxima, para voltar à Série B. Há totais condições para isto, mesmo num grupo tão complicado.

Nove pontos têm sido o bastante para garantir o acesso. As grandes decisões começam neste fim de semana.

Otimista

Na entrevista coletiva após a derrota para o Operário-PR, o técnico Luizinho Lopes convocou a torcida quadricolor a comparecer ao Augusto Bauer na fase decisiva. Quer que o estádio esteja lotado como na final do Catarinense, diante do Criciúma.

Tomara, tomara mesmo que a torcida do Brusque compareça ao ponto de lotar o estádio. Todos os envolvidos com o clube merecem isto, depois das campanhas construídas até aqui em meio a todas as incertezas do ano. Com a média pífia de 1.403 torcedores por jogo na primeira fase, tenho minhas dúvidas, mas quero muito estar errado.


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