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A cada rodada, Brusque parece viver um mesmo jogo na Série B

Objetivo da permanência se torna sonho quase impossível com os mesmos erros e as mesmas fraquezas

Cada jogo do Brusque na Série B nas últimas rodadas têm parecido uma eterna repetição, um pesadelo do qual o torcedor não consegue acordar. Todo jogo tem: chances claras perdidas, em menor ou maior quantidade; gols sofridos em erros pontuais e pueris; o psicológico destroçado após sair atrás no placar; e 21 pitadas de azar para piorar o que já está ruim.

No sábado, o Criciúma deu uma aula de eficiência. Aproveitou as raras chances que teve (ou que lhe foram oferecidas) para matar o jogo. E, baseado na realidade do momento, nada leva a acreditar que o Brusque marcaria os gols se tivesse as exatas mesmas chances do Criciúma, em lances idênticos.

Desta forma, há muito pouco a analisar porque o Brusque vive em mais do mesmo. São 19 gols em 32 jogos. Quatro derrotas consecutivas, sem um gol a favor. Quatro pontos atrás do CSA (17º) e cinco atrás do Novorizontino (16º). Na Série B 2021, também conturbada, só Edu tinha marcado 16 (dezesseis) no mesmo período. Já haviam sido acumulados 37 pontos.

Faltam seis rodadas, com dois confrontos diretos. Sport (C), Bahia (F), Operário (F), Novorizontino (C), CRB (C) e Grêmio (F). Se escapar do rebaixamento e quiser colocar uma quarta estrela no escudo, estará valendo, mesmo que a campanha toda esteja se desenhando como uma decepção enorme até aqui.

Critérios

Considerando os pontos fracos do Brusque que não foram consertados em 32 rodadas (ataque e psicológico), não cabe a Gilson Kleina, que chegou há pouco, a maior parte da responsabilidade pela queda livre. É visto nos treinos e nos jogos que o treinador está tentando o melhor com o que tem. Aliás, as jogadas ensaiadas contra o Criciúma foram um ponto que merece destaque.

Mas o que seria de Waguinho Dias ou Luan Carlos se, em cinco jogos, acumulassem uma vitória, quatro derrotas, um gol marcado e seis sofridos? Há uma tolerância maior com Kleina, que é mais experiente e está tentando resolver a situação em cima da hora. Não é execrado ao fazer testes. Tem, a seu dispor, boa vontade de torcida e imprensa. Talvez seja a ideia cada vez mais clara de que técnicos não eram uma questão central da crise, e ver um técnico com o renome de Kleina ter tanta dificuldade seja prova.

Kleina não tem culpa em ter um tratamento melhor. Seu currículo mais vasto e sua projeção nacional lhe garantem menos estresse em Brusque. Waguinho Dias e Luan Carlos estariam sob enorme pressão com os números do técnico atual, que já falou que quer ir até o final da Série B. E deveria, mesmo. Uma nova troca de técnico no contexto do elenco atual, provavelmente, não adiantaria.


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