Brusque joga bem, mas Tubarão segura empate e é campeão da Copa Santa Catarina
Quadricolor sofreu gol no primeiro minuto de jogo, empatou em 1 a 1 mas não virou o jogo; mesmo assim time jogará Copa do Brasil
A conquista do primeiro título da Copa Santa Catarina do Tubarão foi mais do que merecida. Com campanha superior, elenco mais robusto, raça e qualidade, o time do Sul conquistou a taça ao segurar o empate em 1 a 1. O Brusque foi ao seu limite, alcançou o empate e brigou pelo gol da vitória que levaria o jogo aos pênaltis. Mas, com uma expulsão pouco depois do gol de empate, ficou difícil para o elenco quadricolor.
Mesmo assim, o Brusque está na Copa do Brasil 2018. Isso porque a Chapecoense conquistou vaga na Libertadores e, portanto, como terminou em quarto lugar no estadual 2017, o quadricolor disputa a segunda mais importante competição nacional por mais um ano consecutivo.
Frustrando esperanças
Tudo o que Picoli não queria era sofrer um gol cedo. Pelo contrário, o sonho do técnico para poder voltar a ter o controle da decisão, era marcar na casa do adversário. Mas o planejamento tático inteiro do Brusque foi jogado na lata de lixo com apenas um minuto de jogo, em lance para frustrando quaisquer esperanças.
Logo em um dos primeiros lances de ataque do Tubarão, o Brusque tentou fazer uma linha de impedimento no ataque adversário. Não é a toa que essa técnica é conhecida como ‘linha burra’: Índio correu por trás da marcação no passe perfeito de Nemetz para o camisa 9 que chegou batendo para as redes.
Aí o quadricolor foi para o desespero. Em mais uma oportunidade, a defesa comprometeu bastante e por detalhes o time não terminou o primeiro tempo perdendo por um placar ainda mais elástico. Aldair perdeu um gol ali, Edu acolá, e assim o ataque quadricolor também foi ineficaz.
Por sorte, o meio-de-campo e os atletas das laterais tiveram um bom papel, ajudando o Brusque a fazer algumas jogadas na frente, mas nada feito: 1 a 0 para o Tubarão nos primeiros 45 minutos.
Quase!
No segundo tempo, o Brusque entregou o seu máximo – que quase foi o suficiente. Jogando com muitos improvisos e sem boa parte do elenco para fazer reposições, o time conseguiu chegar ao gol do empate, e ficou a uma bola na rede da disputa aos pênaltis.
Aos 11 do segundo tempo, linda jogada de Xuxa. O meia pegou bola pela direita e, com um drible de corpo, passou por três atletas do Tubarão. Aí enxergou o ex-companheiro de Joinville, Aldair, penetrando na área. Ele deu o passe certo e, com precisão, o camisa 11 botou a bola nas redes.
A torcida local ficou nervosa. Será que, depois de uma campanha tão bela, o Tubarão perderia esse título dentro de casa? A verdade é que o goleiro Gabriel precisou trabalhar como ninguém. Aos 20 anos, o goleiro fez seu nome e virou ídolo da torcida tricolor. Em um chute de Edu ele chegou a fazer uma linda ponte, tirando a bola do perigo.
Mas aí um lance mudou o curso do jogo e o balde de água foi gelado. Eurico, que já havia levado cartão amarelo, recebeu o segundo após nova falta. Expulsão. O time da casa pressionou, tanto que Dida precisou operar milagres. Mas nada mais de rede balançando: fim de jogo, 1 a 1 e título para o Peixe.