João Vítor Roberge

joao@omunicipio.com.br

Com desatenção e falhas defensivas, Brusque começa a sentir o peso da Série B

João Vítor Roberge

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Com desatenção e falhas defensivas, Brusque começa a sentir o peso da Série B

João Vítor Roberge

Depois da sequência de três vitórias na Série B, o Brusque venceu um jogo, empatou outro, e perdeu quatro. O time sente demais as ausências de Bruno Alves e Alex Ruan. O jovem e muito esforçado Diego Mathias, que deveria ser reserva, acaba sendo queimado num nível de exigência ao qual não está acostumado. Está entre os titulares porque Jerson Testoni não vê opções mais adequadas.

Thiago Alagoano abusou nas chances perdidas contra o CSA, apesar da fantástica finalização no segundo gol da equipe. É bom vê-lo marcar novamente, com uma atuação segura. E Edu é um absurdo. Cobra escanteio e corre para cabecear. De alguma forma, o ataque tem funcionado. O Brusque só não marcou em um jogo na Série B: o empate em 0 a 0 contra o Sampaio Corrêa.

A defesa, no entanto, vive um momento tenebroso. Desatenta e muitas vezes apática, já tem 14 gols sofridos. O Brusque não sofria mais de dois gols em casa desde o 8 a 1 em 28 de novembro. Guarani e CSA chegaram ao gol com imensa facilidade. O CSA precisou chegar duas ou três vezes, e foi eficiente. Ainda contou com uma colaboração de Jefferson Paulino, mas quase cedeu o empate. Com as armas que tinha à disposição, o Brusque criou diversas chances por conta do contexto do jogo. Antes dos dois gols sofridos, pouco havia feito.

Fillipe Soutto e Zé Mateus só deram certo juntos contra o Brasil de Pelotas. Suas atuações individuais não são ruins. A qualidade no passe e na visão de jogo do primeiro são claras. Mas enquanto conjunto para fechar a defesa, a dupla tem problemas.

E todos passam a pedir Rodolfo Potiguar, como se tivessem esquecido que o camisa 5 chegou ao banco por conta de sua recente irregularidade. Alternava atuações formidáveis com erros infantis. Sua volta pode ser útil, mas não resolverá tudo. Enquanto isso, Juliano volta a ter problemas no departamento médico.

Os problemas são remediáveis, mas são sintomas do que é a Série B. Campeonato longo, com lesões, com o Brusque enfrentando 19 clubes mais tradicionais e experientes. As três vitórias no início podem ter empolgado muita gente. Estes triunfos foram obtidos contra adversários que, ao fim da rodada, ocupam a zona de rebaixamento, além do 12º colocado, Avaí. Mas após estes inícios inesperados de Brasileiro, as coisas começam a se desenhar mais ou menos como as projeções. É normal.

O Brusque começou surpreendendo. Agora, tem parado de surpreender, está sendo o que boa parte das pessoas imaginava que o time seria: figurante, presa fácil para alguns, a caminho da metade inferior da tabela. É necessário corrigir a rota depressa, e o time tem capacidade para tal.


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