João Vítor Roberge

joao@omunicipio.com.br

Dificuldades no ataque do Brusque refletem a ausência dos jogadores que mais marcavam gols

Más atuações são reflexo de pouco tempo de trabalho, falta de jogadores prontos e reformulação

João Vítor Roberge

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Dificuldades no ataque do Brusque refletem a ausência dos jogadores que mais marcavam gols

Más atuações são reflexo de pouco tempo de trabalho, falta de jogadores prontos e reformulação

João Vítor Roberge

A derrota do Brusque diante do Hercílio Luz neste domingo, 30, talvez seja a mais frustrante desde a eliminação na Copa do Brasil para o Retrô. O Leão do Sul foi eficiente e se aproveitou de falhas grotescas de marcação e concentração e, portanto, mereceu vencer, enquanto o quadricolor nem mesmo pode dizer que perdeu muitos gols.

Nesta segunda-feira, 31, fez quatro semanas desde que o elenco se apresentou para a pré-temporada. Waguinho Dias deixou claro desde o começo que as primeiras rodadas seriam muito difíceis, só talvez não imaginássemos ver desempenhos tão ruins de ver.

E é óbvio o impacto que o Brusque sofreu quando Edu, Thiago Alagoano e Maurício Garcez deixaram o elenco de uma só vez. São simplesmente os três maiores artilheiros da história do clube em competições nacionais. O Reizinho e o Imperador são os maiores goleadores da história quadricolor. Ou seja, é um setor ofensivo totalmente novo e desfigurado, que precisa de tempo (que quase já não existe) e de reforços.

A montagem do elenco, promissora em nomes e grifes, já parece insuficiente em um momento no qual os jogadores ainda buscam entrosamento e ritmo de jogo. Não ter, de imediato, um centroavante para disputar a posição com Crislan, é uma falha e um risco já visto em outros momentos recentes. O que vemos são os efeitos de uma reformulação no elenco que não era vista desde a transição entre a Copa SC 2018 e o Catarinense 2019.

E na defesa, pela primeira vez na temporada, foram vistas a complacência e a desatenção dos momentos mais agoniantes da Série B.

Para irritar ainda mais o torcedor, coube a Rodolfo Potiguar cobrar um pênalti. Sim, ele treina as cobranças, como relata Waguinho Dias, mas não era a melhor opção para aquele momento do jogo, e isto ficou ainda mais claro após o desperdício.

Os lampejos de Alex Sandro e Zé Mateus foram golaços que serviram como gotas de colírio nos olhos ardidos dos torcedores. Viam o Brusque ser dominante na posse de bola, mas sem criar perigo real contra um adversário que, embora seja muito guerreiro e organizado com suas três vitórias, ainda é um time bastante modesto técnica e financeiramente.

É claro que, matematicamente, é só o Brusque não ser pior que Próspera, Juventus, Barra e Joinville (ou algum outro) para se classificar em oitavo lugar e chegar ao mata-mata. Até lá, todos os times estarão em momentos pouco ou muito diferentes dos atuais. E, em 2020, a Chapecoense, oitava colocada na primeira fase, só foi campeã porque promoveu mudanças severas ao longo da pausa de três meses da pandemia.

São dois pontos obtidos diante de três adversários que não têm divisão nacional para jogar em 2022. As melhorias no desempenho da equipe, individual e coletivamente, precisam chegar logo, numa sequência sem tempo para muito mais treinamentos. O Brusque recebe o Marcílio Dias na quarta-feira com poucos jogadores prontos e sob pressão considerável por uma vitória.


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