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Bruscão desperta interesse de grandes marcas esportivas, mas ainda comete erros

Camisas com atraso nas lojas e tamanho único são problemas a serem corrigidos pelo clube

Desde o início da gestão do presidente Danilo Rezini, a qualidade dos materiais esportivos do Bruscão evoluiu. De um começo desprezado pelas empresas até a sondagem de grandes marcas do futebol nacional muita coisa mudou e se aperfeiçoou.

Contudo, tanto o clube quanto as marcas parceiras ainda cometem erros – apontados principalmente pelos torcedores e amantes do uniforme quadricolor. Falta de material nas lojas, camisas com tamanhos únicos e atraso na entrega são alguns dos problemas apontados.

Evoluções
André Rezini, membro da diretoria quadricolor e que sempre esteve envolvido nas negociações com marcas esportivas, ressaltou o quanto a marca do Brusque passou a ser mais valorizada nos últimos anos.

“Nos nossos primeiros anos, em 2008 e 2009, nós pagávamos pelo uniforme. Com o tempo fomos ganhando espaço, as marcas se aproximaram da gente. Agora já estamos conversando com algumas empresas interessadas em fechar negócio com a gente”, explica.

A Kanxa, que distribuiu para a temporada 2017, foi a marca esportiva mais reconhecida nacionalmente a qual o quadricolor já teve parceria. Entre os clubes da empresa estão nomes da Série B do Campeonato Brasileiro, como a Luverdense (MT).

Para Rezini, isso é um reflexo do bom momento do clube. “Essa abertura com empresas que cobrem todo o país em termos de distribuição de material esportivo foi devido bons resultados, tanto dentro do Catarinense quanto na Série D”.

A Kanxa também teve grande visibilidade por meio do Brusque no ano, principal no jogo contra o Corinthians pela Copa do Brasil, com transmissão para todo o Brasil por meio de TV aberta.

Durante estes quase 10 anos de gestão, apenas em duas oportunidades o clube teve um percentual nas vendas de camisas, incluindo com a Kanxa. “É um valor irrisório, porque o que realmente importa são os conjuntos de uniformes. O clube tem grande economia, são cerca de duas mil peças que vêm para a gente entre material de treino, viagem e jogo. É um acordo comercial”, completa Rezini.

Quem mais lucra com as camisas são as empresas de material esportivo e também as lojas que as revendem. Embora não tenha confirmado, um dos nomes mais cotados para ser a empresa de uniformes da temporada 2018 é a Umbro, marca de grande prestígio nacional e que é a oficial de clubes como Grêmio, Cruzeiro, Vasco e Atlético-PR. O anúncio da nova distribuidora de materiais esportivos deve ser realizado nos próximos meses.

Equívocos
Mas não só de elogios viveram os uniformes do Brusque nos últimos anos. Os problemas também se acumularam, principalmente na distribuição dos materiais para a loja. Nesse ponto, a Kanxa foi mais cobrada do que a ZF Sports, marca brusquense e que esteve com o quadricolor de 2015 a 2016.

Com promessa de estar nas vitrines do município já no Natal de 2016, as camisas da Kanxa só chegaram às lojas no início de fevereiro, e sequer foram todas: a camisa 1, colorida, demorou ainda dois meses até finalmente estar à disposição dos torcedores e também dos próprios jogadores, que contavam com apenas dois tipos de uniformes para jogar o Catarinense.

Segundo Rezini, isso aconteceu porque alguns patrocinadores, que teriam os nomes de suas empresas estampados na camisa, não haviam fechado acordo em tempo hábil com o clube.

“Nós aprendemos sempre com os erros que cometemos. Por isso estamos trabalhando forte para ter todos os parceiros já acertados o quanto antes e em dezembro já contarmos com as camisas prontas”.

Outro problema encontrado com a camisa da Kanxa diz respeito ao tamanho do material. Vendido para adultos somente em formato ‘slim’, ou seja, camisas com curvatura e que marcam o corpo, sem proporcionar opção de tamanhos maiores.