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Audiência pública discute divisão de bairros em Brusque

Agora, os projetos elaborados pelo Ibplan poderão ser encaminhados para a Câmara para votação

Na tarde de terça-feira, 28, foi realizada na Câmara de Vereadores a audiência pública para debater a divisão político-administrativa do município. Convocada pelo Instituto Brusquense de Planejamento (Ibplan), o encontro abordou questões sobre o perímetro urbano do município, a criação de uma zona de urbanização específica para a região do Cedro Grande e ainda a oficialização de 26 bairros da cidade.

Hoje, Brusque conta com apenas cinco bairros criados por lei: Santa Terezinha, Santa Rita, São Luiz, Centro e Jardim Maluche. As demais localidades são tratadas como bairros pela população, mas não são oficiais. Se o projeto do Ibplan for aprovado pelos vereadores, o município terá 31 bairros, todos legalizados. “Tudo isso vai influenciar o planejamento de nossa cidade para o futuro”, diz o diretor-presidente do Ibplan, Juliano Montibeller.

De acordo com ele, se a proposta for oficializada, cada bairro terá seu próprio plano diretor, com escritura, e todas as informações relevantes sobre o bairro. “Em cima de cada bairro teremos a sua população, a característica, se é mais residencial, mais comercial, ou industrial. Tudo isso vai servir de base para o planejamento dos bairros para o futuro”, destaca.

Montibeller lembra ainda que a audiência pública também serviu para agregar mais informações ao Plano Diretor da cidade, que será atualizado em breve. “O São João, por exemplo, não tem numeração e, por isso, não é atendido pelos Correios. Com a regularização do bairro, os moradores terão um meio legal para pleitearem melhorias”.

O projeto de legalização dos bairros de Brusque foi iniciado no ano passado. De lá para cá, algumas mudanças no mapa do município foram realizadas até chegar à versão apresentada na audiência pública.

O arquiteto do Ibplan, Ricardo Laube Moritz, explica que o principal critério utilizado para a delimitação dos bairros foi os dados geográficos do munícipio. “Na primeira versão do mapa percebemos que ele estava muito reto, a delimitação principal era pelo topo dos morros. Agora, o que se adotou foi o histórico do processo de crescimento urbano do município, adotamos nos bairros as bacias hidrográficas, e foi dessa forma que achamos a divisão de cada bairro”.

O arquiteto ressalta ainda que, nas localidades onde a mancha urbana já está mais consolidada, a delimitação passou para elementos construtivos do território da cidade. “Tem casos que as bacias hidrográficas estavam mais difíceis de localizar, por isso, os elementos construtivos acabaram delimitando o limite entre um bairro e outro. Um exemplo disso é a divisão entre o Centro I e o São Luiz, que o limitante ficou sendo a rua Carlos Gracher”.
Urbanização específica do Cedro Grande

Na audiência pública também foi apresentada a proposta de ampliação do perímetro urbano da cidade e a criação de uma zona de urbanização específica para a região do Cedro Grande.

De acordo com Montibeller, a área urbana do município vai aumentar 17 km², já que esse é um dos meios para finalizar o programa PAC Pavimentação. “São 18 ruas que estão nesta relação e, faltam seis ou sete que precisam estar 100% urbanas para poder ser contempladas com esse asfalto. Tudo isso sendo urbano, o PAC Pavimentação terá continuidade e poderá melhorar a qualidade de vida de muita gente”, diz.

Para que algumas ruas da localidade conhecida como Cedro Grande – oficialmente será São João – recebam a pavimentação, é que o Ibplan formalizou a proposta de criação de uma zona de urbanização específica. “Esse projeto é em função das ruas rurais que precisam virar urbanas e, tem uma área no Cedro Grande que queremos tornar urbanas, mas hoje são rurais”.
Após a volta do recesso dos vereadores, os projetos discutidos na audiência pública serão encaminhados para votação.