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Após semanas sem chuva, campos de futebol da região apresentam problemas

Sem sistema de irrigação modernizado, clubes esperam pela volta das águas para recuperar o gramado

O período de mais de 30 dias sem uma chuva robusta e duradoura castigou os gramados de Brusque, e os principais campos de futebol apresentam pontos queimados, secos e esburacados. A chuva de ontem pouco ajudou na recuperação.

Equipes de base, escolinhas da modalidade e até mesmo o time profissional que representa o município, Brusque Futebol Clube, convivem com os gramados em condições ruins – o Centro de Treinamento Rolf Erbe, o qual o Bruscão treina e se prepara para a disputa da Copa Santa Catarina, está bastante prejudicado.

Os dois estádios mais populares e estruturados da cidade não contam com um sistema de irrigação que seja suficiente para sanar o problema. Tanto o Augusto Bauer quanto o Cônsul Carlos Renaux dispõe de poços artesianos, mas que não estão em boas condições para irrigar os campos.

Esbarrando nos custos
Estádio que será utilizado nas próximas semanas para a disputa de uma competição profissional de futebol, o Augusto Bauer precisa de uma boa chuva mais do que qualquer campo do município. Seu gramado apresenta buracos, principalmente dentro das áreas e no meio-de-campo.

Segundo o presidente do Carlos Renaux, Renato Petruschky, o Tato, a carga de trabalho realizada no Gigantinho também provocou a situação. “Nós não temos o que fazer, temos muitas competições de base além das nossas 300 crianças na escolinha. A ideia é parar tudo entre novembro e janeiro, por cerca de 60 dias, só para cuidar da grama, mas por enquanto não dá”.

Ainda nesta semana, um funcionário do clube, com uma mangueira, molhou a grama para aliviar um pouco a situação, mas Tato sabe que ainda não é o ideal. “O certo seria pagar um caminhão-pipa, mas custa cerca de R$ 1 mil e para irrigar todo o campo precisaríamos de mais do que apenas um”, diz.

O diretor administrativo do Paysandú, Gerson Rodrigues, comenta também sobre a situação no estádio do clube alviverde, que em 2017 ainda não foi irrigado.

“Podemos dizer que o gramado está 70% bom, e o restante está em más condições. Não é um problema exclusivo daqui. Em toda a região que visitamos para levar nossas categorias de base, visitamos muitos campos em condições péssimas de jogo”, explica.

Ainda segundo Rodrigues, a chuva mais frequente já teria solucionado a situação. “Se o tempo estivesse normal era só a gente aplicar ureia na grama que a água faria sua parte e teríamos um campo 100%. Mas por enquanto estamos apenas torcendo pela chuva. Todo início de ano nós fazemos a troca dos gramados na parte da grande área e tapamos buracos com areia, e agora vai ter que esperar também”.