Apoio de Raimundo Colombo ao ministro Henrique Meirelles chama atenção de correligionários
Apoio de Raimundo Colombo ao ministro Henrique Meirelles chama atenção de correligionários
- Por Raul Sartori
- 11/04/2017
- 6:30
Boa parte dos caciques políticos que estão na base de apoio de Raimundo Colombo não sabem porque o governador é quase sempre um dos primeiros a bater palmas para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A razão é simples: Meirelles é um dos nomes mais lustrosos filiados ao PSD, e aparecerá como o grande responsável pelas “reformas de que o Brasil precisa” no programa nacional do partido no rádio e TV, nesta quinta-feira.
Histórico
A sociedade anônima denominada Santa Catarina Participação e Investimentos S/A (Invesc), da qual o contribuinte catarinense, mais cedo ou mais tarde, será chamado, via impostos, a bancar seu bilionário prejuízo (R$ 6,18 bilhões) conforme o último balanço, foi criada pela lei estadual 9.940, de 19 de outubro de 1995, com 12 nobres objetivos: regionalização da saúde; concessão da exploração de rodovias estaduais; conclusão e restauração da BR-282; pavimentação de estradas estaduais e de acessos a municípios; reorganização do sistema estadual de assistência técnica e de extensão rural; duplicação da BR-101 no estado; implantação do sistema exportador integrado de transporte de São Francisco do Sul; sistematização do apoio tecnológico e gerencial para as micro e pequenas empresas; desenvolvimento e implantação da política estadual de saneamento básico; intensificação do programa de eletrificação rural; reformulação e modernização do sistema de segurança pública e apoio creditício ao meio rural. Quando a fatura chegar, talvez se saberá quais objetivos ela atendeu.
Exceções
Na ação de improbidade contra ex-deputados e deputados federais do PP – entre eles o notório João Pizzolatti, cujo pedido do Ministério Público Federal é para que sejam bloqueados bens no valor de R$ 124 milhões – está também o diretório nacional do PP, cujo tesoureiro é o ex-deputado federal catarinense Leodegar Tiscoski, que está desolado. Lamenta que uns poucos tenham causado tanto estrago à imagem do partido.
Há algo
Lamentou-se aqui, ontem, a ausência quase completa de instituições de ensino superior de SC em competições esportivas, inclusive na cidade onde tem suas sedes. Mas há novidades. A Udesc está recebendo inscrições de alunos interessados em integrar as equipes femininas e masculinas de basquetebol e de voleibol. Acadêmicos dos 12 centros de ensino da instituição poderão participar do processo seletivo.
Coexistência reconhecida
Mantido sob sigilo judicial, acaba de se decidir uma ação incomum em que um homem de 61 anos teve reconhecido o direito de receber herança tanto por parte do pai biológico quanto por parte do pai registral. Os magistrados entenderem que tendo usufruído de uma relação filial socioafetiva, por imposição de terceiros que consagraram tal situação em seu registro de nascimento, ao conhecer sua verdade biológica tem direito ao reconhecimento da sua ancestralidade, bem como a todos os efeitos patrimoniais inerentes ao vínculo genético.
Humilhante
Finalmente, estão próximas do fim algumas humilhações nos estabelecimentos prisionais de SC. Uma audiência pública, amanhã, na Assembleia Legislativa, discutirá o projeto de lei 164/2016, de autoria do deputado Gelson Merisio (PSD), que proíbe a revista íntima e vexatória no sistema prisional catarinense. A descrição, aqui, de alguns procedimentos, especialmente em relação às mulheres, é impublicável.
A outra
Acaba de ser lançado o livro “Tancredo Neves, o príncipe civil”, do jornalista Plínio Fraga. Como lhe é peculiar, a crítica feita pela Folha de S. Paulo destaca a vida pessoal, como a revelação – até então só exposta no livro “O Paciente – O caso Trancredo Neves” do jornalista Luiz Mir, que por vários anos militou na imprensa catarinense -, de que o político mineiro tinha relações fora do casamento. Além de Risoleta, havia Antônia Gonçalves de Araújo, hoje com 84 anos, sua secretária. A amizade intima durou 14 anos.
Mobilidade
A Via Expressa, em Florianópolis, tem apenas sete fatídicos quilômetros, entre as pontes e a BR 101, e a União, ao qual está jurisdicionada, não tem um tostão para ampliá-la. E está lá, causando estresse diário em milhares de pessoas. Não se compreende como o Estado consegue asfaltar estradas com dezenas de quilômetros a mais e não se interessa em estadualizar sete quilômetros que são um verdadeiro pesadelo, há décadas. Aliás, porque a Prefeitura não pede a municipalização do trecho e tente fazer alguma coisa? Vale mais um remendo do que nada.
DETALHES
- Bem que algumas das grandes festas catarinenses poderiam melhorar um pouco o gosto musical de seus shows. A Festa Nacional da Cebola, em Ituporanga, superou-se no quesito, com Anitta, Wesley Safadão, Gustavo Lima e Bruno & Barreto. Cadê o rock, o clássico, jazz, blues, rap, bem melhor que esse lixo todo? Será que não dá para virar o disco?
- Principal feira de negócios na América Latina para os setores avícola e suinícola, a AveSui, será realizada em Florianópolis entre os dias 25 e 27 deste mês.