América leva empate no último minuto na estreia do Amador de Brusque
Jogo foi realizado neste domingo à tarde no estádio Maria Steffen
O céu cinza e a chuva já davam sinal de que o dia no estádio Maria Steffen não seria dos melhores para os donos da casa. O América bem que tentou reverter essa lógica, virou o placar e vencia o confronto com a Abresc por 2 a 1 até o minuto final. Mas aos 49 o camisa 15 Tiago Hugue aproveitou a bola na área e mandou para a rede. Segundos depois, o árbitro Maurício Miranda apitou o final de jogo.
A partida, realizada neste domingo à tarde, foi válida pela primeira rodada do Campeonato de Futebol Amador de Brusque. A charmosa competição volta a ser realizada pela Liga Desportiva Brusquense (LDB) e conta com 16 times, divididos em dois grupos de oito.
O tradicional América não jogou o campeonato no ano passado, mas voltou nesta temporada com vontade de vencer. No domingo, a equipe deu mostras de que será uma forte candidata à classificação, mas para pensar em título ainda falta encorpar o elenco.
Pelo fato de não ter jogado no Amador em 2016, o América não tem uma base sólida. Foi buscar muitos jogadores para formar o elenco. Os atletas ainda buscam se conhecer, e ontem isso ficou evidente.
O primeiro tempo foi inteiramente dominado pela forte Abresc. O time cheio de bons nomes, alguns mais velhos, conduziu a partida como quis. O veterano centroavante Edegar Bertolini foi o ponto de desequilíbrio entre os times.
Na primeira partida do campeonato é normal a falta de ritmo e entrosamento, mesmo em futebol amador. A Abresc tentou por três vezes colocar a bola na cabeça de Edegar. Até que, finalmente, o parrudo Edegar recebeu uma bola na área, cortou para o meio e bateu no canto esquerdo do goleiro.
Edegar foi um legítimo centroavante. Correu pouco, mas soube o que fazer com a bola nos pés. Ele deu profundidade para a Abresc, que conseguiu manter os americanos longe da sua meta durante os 45 minutos.
Enquanto isso, o time da casa apostava num ataque sem cabeça de área. Sem ter quem segurasse a bola no ataque, o América pouco incomodou na primeira etapa.
Tradição pesa
No Amador, jogar em casa e ter tradição pesam tanto quanto no nível profissional, ou até mais. O América não tinha entrosamento, os jogadores cometiam erros bobos, mas o clube é tradicional no campeonato municipal. Um erro é fatal, e não fazer pode ser mortal.
A Abresc poderia ter marcado mais um ou dois gols, porém perdeu. O América não se entendia em campo, mas se achou. A partir da entrada de Gilberto Deziderio, camisa 23, a equipe ganhou um centroavante forte e passou a incomodar.
A mexida do técnico surtiu resultado positivo. O camisa 10, Marciano Burtuli, cobrou a falta em direção à área, o goleiro da Abresc pensou que Gilberto tocaria na pelota, mas ele não a alcançou e a bola morreu no fundo do barbante.
A virada veio novamente com o camisa 10, que fez grande segundo tempo. Marciano bateu a falta alta. A bola viajou e morreu no cantinho da trave, para desespero do arqueiro Adriano Silva.
A torcida americana, presente em baixo número, já comemorava o triunfo e os três pontos, bem como o técnico, que fez substituições, dentre elas a saída de Marciano. Mas a Abresc aproveitou para, literalmente, no último minuto empatar com Tiago.