Alunos do 3º ano do Ensino Médio da escola João XXIII escrevem autobiografia
Projeto foi desenvolvido nas disciplinas de História e Filosofia
Projeto foi desenvolvido nas disciplinas de História e Filosofia
Aprimorar o gosto pela leitura e desenvolver a capacidade de produção textual, e principalmente promover o resgate da história, é o objetivo do projeto “Construindo e registrando a minha história”, desenvolvido pelos estudantes da 3ª série do Ensino Médio da Escola de Educação Básica João XXIII, no bairro Águas Claras.
Desde 2013, os alunos têm a possibilidade de trabalhar a própria história nas disciplinas de Filosofia e História. Cada um é responsável por produzir sua autobiografia, imprimi-la e entregá-la aos familiares. Neste ano, 65 estudantes do período matutino e noturno apresentaram o livro durante solenidade que foi realizada na escola, na noite de terça-feira, 13, e contou com a participação de integrantes da Academia Brasileira de Letras – seccional Brusque.
A professora das disciplinas e coordenadora do projeto, Ciméri Maria Petzinger, explica que o trabalho é desenvolvido em várias etapas. Primeiro os alunos resgatam a história da família, como sobrenome e local do nascimento. Depois buscam informações sobre os amigos e a vida escolar. “É o resgate da história. Muitos não conhecem a própria história, é o momento em que reencontram familiares, padrinhos que haviam perdido o contato. Os pais se envolvem bastante”, conta.
Ciméri afirma que cada jovem escreveu seu livro em primeira pessoa. Algumas histórias renderam até 180 páginas. “Não há um limite de páginas. O projeto permite que apresentem e contextualizem experiências e brincadeiras, em que o mais importante é que façam uma reflexão de vida em família e escolar, aprimorando a leitura, a escrita e a reflexão crítica”.
Obra inacabada
Desafiada por alunos de turmas de outros anos, a professora também apresentou o seu livro nesta semana. “Sonho, esforço e realização” é o título da obra. “Também pude compartilhar a minha história. Foi especial”. Ela ainda afirma que durante a elaboração do trabalho, deparou-se com belas histórias. “O projeto permite que conheçamos detalhes da vida de cada um, porém, o mais interessante é entender suas histórias, observar um amadurecimento, já que a maioria são meus alunos desde o sexto ano”.
Ciméri afirma que mesmo após a entrega do livro, os estudantes podem continuar escrevendo e acrescentar novas histórias. “É uma obra inacabada”.
A impressão do livro é de responsabilidade de cada estudante. Além da entrega oficial do projeto, muitos optaram em distribuir a obra para familiares e amigos. É o caso de Camila Imianovsky, 17 anos, que afirma que os parentes pediram cópias do livro de 46 páginas. “Eles querem para manter na família”, conta a jovem, que diz que o trabalho proporcionou um aprendizado muito grande, em que descobriu fatos que não sabia da própria família. “Foi um grande desafio, que ajudou a mim e aos meus colegas e fez com que eu me unisse mais a minha família”.
Projeto
O trabalho é desenvolvido na Escola de Educação Básica João XXIII desde 2013. Antes de se chamar “Construindo e registrando a minha história”, era denominado “Minhas memórias”. Até agora, cerca de 250 estudantes já participaram do projeto.
Roteiro do livro
Etapas de produção realizadas pelos estudantes