Alagoana aprovada em Harvard cria perfil na internet para contar experiências e incentivar outros jovens
“Trazer para a realidade das pessoas, do sertão, do agreste, que é possível”, diz a jovem
Foi através de um vídeo no YouTube da Tábata Amaral contando como conseguiu chegar em Harvard que a estudante do curso de Relações Exteriores, Natália Cecília, 23, de Alagoas, percebeu que aquela também poderia ser a sua realidade. Nas últimas semanas, Natália chamou a atenção da mídia e a curiosidade de muitos outros estudantes ao anunciar que tinha passado no processo seletivo da Harvard, uma das universidades mais conceituadas do mundo.
Acreditando que o conhecimento só ocorre quando compartilhado, a jovem criou um perfil nas redes sociais para contar a sua experiência, além de responder as inúmeras dúvidas que recebe sobre como conseguiu passar e dar dicas de bolsas de estudo, sobretudo, para cursos de idiomas. Em duas semanas, o perfil @nordestenerd, criado por ela, já recebeu quase nove mil seguidores.
“O que eu queria era trazer para a realidade das pessoas, do sertão, do agreste, pessoas como eu, que é possível, é muito mais fácil sonhar com uma coisa quando você tem um referencial de alguém que é parecido com você, que fala como você, que vem do mesmo lugar que você e conseguiu”, explica.
Natália também reflete sobre o quanto a educação impactou em sua vida, promovendo conquistas em participações em fóruns e projetos de destaques, como na ONU e Brasil Conference 2019. “Tudo isso veio por causa da valorização da educação. Acredito que a educação que transforma é a que oferece oportunidade para os jovens. Por isso, o objetivo da página Nordeste Nerd é fornecer, também, bolsas de inglês para alunos em situação de vulnerabilidade econômica, pois o idioma é uma das principais barreiras para muitos alunos”, conta.
Em uma das suas experiências internacionais, Natália fez questão de usar o chapéu de couro típico do Nordeste brasileiro. “Toda vez que acontece uma coisa importante na minha vida, uso esse chapéu para lembrar das minhas origens”, afirma. Agora, a expectativa de quem acompanha a jovem é vê-la usando o acessório no seu novo caminho.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil