Agora é lei: como os hospitais de Brusque avaliam presença de pets em suas dependências

Lei sancionada no mês passado autoriza animais domésticos em hospitais privados e públicos do estado

Agora é lei: como os hospitais de Brusque avaliam presença de pets em suas dependências

Lei sancionada no mês passado autoriza animais domésticos em hospitais privados e públicos do estado

O governo do estado aprovou a entrada de animais domésticos e de estimação em todos os hospitais privados e públicos em Santa Catarina desde o último dia 31 de julho.

O projeto de lei que deu origem à norma, de autoria da deputada Marlene Fengler (PSD), prevê que pacientes internados poderão receber a visita dos animais desde que sejam respeitados os critérios definidos em cada unidade hospitalar, além de observar as regras estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Hospital Azambuja, dois animais de estimação já visitaram seus donos nas últimas semanas. A gerente assistencial, Irmã Olinda Antônio Costa, considera estas visitas muito importantes para os pacientes que passam por momentos difíceis.

“Tivemos casos de uma criança e outro de um senhor de idade, solicitando para trazer o cachorro de estimação. Lógico que, neste momento da dor, e esse animal era o companheiro do dia a dia, é impossível não liberar”, explica.

“É o momento que vai trazer alegria tanto para o animal tanto para o paciente. Nos surpreende a alegria de quem está internado e também do animal que chega até ele. Lógico, é um tempo curto, mas que faz a diferença na vida da pessoas”.

Ela destaca que o hospital vê esta medida como positiva mesmo antes de ser transformada em legislação.

“Eu e a Gerência de Enfermagem vemos que, mesmo não sendo lei, não custa deixar alguém ficar feliz em um momento da dor. Isso para mim é humanização, é diminuir a dor do paciente. Isto faz muita diferença para quem está no hospital”.

Critérios para as visitas

Para a visita, há, no entanto, uma regulamentação. O animal de estimação deverá ter a autorização prévia da administração, estar acompanhado por um familiar do paciente e ser transportado dentro de caixas específicas conforme o seu tamanho, exceto os de grande porte.

O animal poderá frequentar o quarto do paciente, mas não poderá acessar as áreas de isolamento, de quimioterapia, de transplante, de assistência a pacientes com vítimas de queimaduras e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Também fica proibida a entrada nas áreas de preparo de medicamentos, de manipulação, processamento, preparação e armazenamento de alimentos e na farmácia do hospital.

Para o paciente ter o benefício previsto na lei, a unidade hospitalar e o governo do estado poderão firmar convênios com profissionais habilitados, hospitais veterinários, organizações não governamentais e também com o poder municipal.

O administrador do hospital Dom Joaquim, Raul Civinski, conta que já está ciente da nova lei, mas que até o momento não houve nenhuma situação assim na instituição.

“A lei envolve mais pacientes de internação prolongada, que não são nosso foco principal. Porém, se houver alguma situação e estiverem preenchidos os requisitos exigidos pela lei, nós, sem dúvida, a faremos cumprir”.

A gerente de operações do Imigrantes, Fernanda Rodrigues, afirma que a instituição ainda não teve nenhum pedido de paciente para visita dos pets e que, por este motivo, o assunto ainda não foi discutido.

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