Advogado do adolescente que matou terapeuta conhecido em Brusque comenta resultado da primeira audiência do caso

Luiz Carlos Vantroba foi assassinado dentro de igreja em Ponta Grossa, no Paraná

Advogado do adolescente que matou terapeuta conhecido em Brusque comenta resultado da primeira audiência do caso

Luiz Carlos Vantroba foi assassinado dentro de igreja em Ponta Grossa, no Paraná

A defesa do adolescente de 16 anos, que matou o terapeuta e pregador de retiros conhecido em Brusque, Luiz Carlos Vantroba, informou via uma nota oficial, que segue pedindo a desinternação do menor “com a aplicação da medida socioeducativa de liberdade assistida nos braços de sua mãe”. 

Em audiência realizada na manhã desta sexta-feira, 9, por volta das 10h30, o advogado de defesa Carlos Lopatiuk, informou que a juíza possui três dias para tomar uma decisão.

“Buscamos provar a ausência de riscos à sociedade pelos motivos acima e por comprovante dos remédios; da depressão, da escola, da igreja, das testemunhas. Somado sobretudo às circunstâncias pessoais que são favoráveis ao menor que não registra passagem pela VIJ”, complementou.

Carlos ainda relatou que se coloca à disposição para ouvir outras pessoas que possam ajudar a sustentar as acusações de assédio contra Luiz. Quem tiver interesse em conversar de forma sigilosa basta entrar em contato no número do escritório Iatauro & Lopatiuk Advogados Associados pelo telefone: (42) 98416-0200.

Intenções

A defesa, antes mesmo de buscar o Habeas Corpus, disse que faria os pedidos ao juízo local e afirma acreditar em uma decisão “justa de imediato” com a revogação da internação, além de buscar a liberdade assistida pela mãe do adolescente.

“Muito embora a defesa não concorde, a medida já era esperada e compreensível ante a repercussão do fato e o número de facadas, mas a defesa na busca do melhor interesse da criança. Já estamos providenciando o pedido de revogação da internação e em breve a criança estará novamente nos braços da mãe”.

Confira o restante da nota:

“A defesa não coaduna nem defende os atos praticados, no entanto, ante a situação da criança (autor) e da família, resolveu assumir a defesa técnica. Assim mesmo diante da reprovabilidade do ato, a defesa, ante as circunstâncias, busca uma medida e a sentença justa de um ato justificável e a garantia da própria liberdade.

O acusado é menor, sem antecedentes, de boa índole e boa família e agiu em legítima defesa, devido a assédio sexual e agressão. Agiu sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, repelindo agressão que não estava obrigado a suportá-la e nem podia mais.

Observe que, o acusado é réu primário, possui endereço fixo, não representa risco de fuga e nem risco a si ou a outrem, visto que cometeu o delito sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima.

Além disso, ressalta-se que, o mesmo não fugiu do local, apenas saiu por medo das consequências dos populares, considerando a imagem da vítima. O acusado deixou o local muito nervoso e em estado de choque, ou seja, não sabia se a vítima estava morta ou não. Por fim, o acusado se apresentou espontaneamente e tem cooperado com as investigações”.

Apreensão

O pedido foi feito pela Polícia Civil, que investiga o caso. Vantroba foi assassinado a facadas na quarta-feira, 23, em uma igreja de Ponta Grossa (PR).

“A Polícia Civil pediu o internamento provisório do adolescente. [A medida] foi decretada com parecer favorável do Ministério Público e com decisão do Judiciário. Na manhã desta segunda, foi dado cumprimento ao mandado de busca e apreensão do adolescente”, diz o delegado Fernando Jasinski, que investiga o caso. O internamento provisório tem validade de 45 dias.

Detalhes

Além disso, o delegado trouxe à época novos detalhes. Segundo Fernando, o adolescente, que era paciente do terapeuta, apresentava quadro de depressão e o tratamento ocorria desde março. Em depoimento, o autor disse ter sofrido assédio pela vítima e não soube dizer ao certo como teve contato com a faca que usou para cometer o crime.

O único atendimento de Vantroba daquele dia era o do adolescente. A Polícia Civil ainda teve acesso a imagens de câmera de segurança e relatou que somente uma pessoa entrou na igreja nas horas antes e depois do assassinato. As investigações seguem em andamento.

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