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Acapra procura membros para integrar diretoria e dar continuidade às atividades

Atualmente, entidade conta com cinco voluntários no quadro gestor, mas ainda faltam mais quatro

Após renúncia de boa parte da antiga diretoria da Associação Brusquense de Proteção aos Animais (Acapra), protocolada há cerca de um mês, a ONG agora passa por dificuldades para fechar a nova diretoria. Atualmente, a entidade conta com cinco membros voluntários que compõem o quadro gestor, mas precisa de outros quatro nomes, conforme determina o estatuto.

A ONG tem pouco mais de 20 dias para compor a nova diretoria. A voluntária da gestão anterior que permaneceu com a troca de diretoria, Nicolie Fischer, afirma que os membros não cogitam a possibilidade de faltar o número de pessoas necessárias para dar sequências as atividades desenvolvidas pela ONG.

Segundo ela, os voluntários têm feito um trabalho intenso na busca de pessoas que estejam dispostas a compor a diretoria e auxiliar nas atividades da Acapra. “Hoje procuramos por pessoas dispostas a trabalhar”.

Com o baixo número de voluntários atuantes na entidade, os membros que ainda restam estão sobrecarregados. Por vezes, eles precisam optar entre buscar um animal para levar a clínica veterinária ou organizar eventos com o intuito de arrecadar recursos para pagar todos os gastos da Acapra.

Falta ajuda
Para conseguir colocar as contas em dia, os membros realizaram a rifa de Dia das Mães em maio e arrecadaram R$ 6,8 mil (valor bruto). Em edições anteriores da rifa, a Acapra conseguia ter um saldo superior a R$ 10 mil. “A dívida da ONG está em mais de R$ 60 mil, número atualizado na semana passada”.

“O que podemos perceber é que hoje a população só quer ser ajudada, mas quando nós precisamos de ajuda, nos negam. Quando nós não podemos prestar o serviço adequado, nos criticam, mas não nos perguntam o porquê de tal situação, apenas saem difamando a ONG. Infelizmente as contas não se pagam sozinhas”, diz uma das voluntárias.

Jéssica Ricardo, que também compõe a diretoria da Acapra e realiza trabalho voluntário há anos, afirma que tem em sua casa entre 20 e 30 gatos por mês. Ela atua como lar temporário na entidade e garante que não conseguiria acolher esse número de animais se não fosse pelo auxílio prestado pela ONG.

Segundo ela, a entidade tem poucos lares temporários, situação que dificulta as atividades da entidade e sobrecarrega aquelas que atuam na área. “Quase sempre quando alguém encontra um animalzinho debilitado na rua, não pode nem passar uma noite com ele. Isso acaba sobrecarregando a todos os envolvidos na entidade”.

Ela explica que existe toda uma logística para encontrar um lar temporário vago e, às vezes, é necessário perguntar para todos os voluntários se alguém pode acolher o animal por alguns dias, além de conseguir transporte para locomoção do pet, entre outras tarefas.

A vice-presidente da comissão provisória da entidade, Shayanne Tomasi, explica que os voluntários precisam conciliar os trabalhos à frente da Acapra com suas atividades pessoais, como emprego e família, e por isso não conseguem responder os questionamentos ou atender aos pedidos de ajuda imediatamente. “Hoje, temos apenas cinco pessoas para responder a uma demanda muito alta”, diz.

Ela enfatiza também que o trabalho desenvolvido pelos voluntários da entidade é gratuito. “Tocamos a ONG por amor aos animais e também a sociedade brusquense. São poucos os que param e pensam que animais na rua são de âmbito da saúde pública”.

Para participar da diretoria ou ajudar a Acapra de alguma forma, basta entrar em contato com os voluntários por meio das redes sociais da entidade, como o Instagram (@acaprabrusquesc) ou Facebook (/Acapra Brusque).