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Abrigo para moradores de rua será transferido para prédio no Centro de Brusque

Local funcionará em sistema de albergue, como nas antigas instalações da Arena Brusque

O abrigo para moradores de rua de Brusque será transferido para a rua Dr. Penido, no antigo almoxarifado da Secretaria de Saúde, próximo ao parque Leopoldo Moritz e à sede do Grupo Escoteiro Brusque.

O novo local funcionará com os mesmos serviços de quando o atendimento era realizado na Arena Brusque até o fim de 2017, em sistema de albergue: os moradores de rua saem durante o dia e terão acesso à janta, banho e cama, com acompanhamento de equipe técnica com assistentes sociais e psicólogos. A previsão é de que a estrutura esteja funcionando até o fim de março, ultrapassando o prazo de 48 horas solicitado ao Judiciário pela 2ª promotoria de Justiça de Brusque.

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O Centro Especializado de Assistência Social (Creas) fará normalmente o acompanhamento dos moradores de rua. O abrigo passa por obras de adaptação de um projeto do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI) e terá capacidade para 30 pessoas.

“Será um espaço sem vizinhos, já houve outras vezes em que houve reclamações neste sentido. A população costumava se incomodar bastante”, explica a assistente social e técnica responsável pela gestão do Sistema Único de Assistência Social (Suas) em Brusque, Fabiana Demétrio.

O abrigo estava funcionando na Arena Brusque, mas foi fechado já no fim de 2017. Após o fechamento, alguns moradores de rua começaram a se instalar do lado de fora do antigo prédio dos Correios, na avenida Monte Castelo. “Eles já recebem atendimento e acompanhamento do Creas desde o ano passado, e poderão ser acolhidos no novo abrigo”, diz Fabiana.

“A demanda era quase zero, e o local não era adequado, um lugar de esportes e grandes eventos. Acreditamos que a adesão será maior com a abertura do albergue”, explica o secretário de Assistência Social, Odair Bozio. O funcionamento do abrigo na Arena Brusque era alvo de críticas, inclusive da Polícia Militar.

Segundo o tenente-coronel Moacir Gomes Ribeiro, a escolha da Arena para o abrigo de andarilhos foi “completamente errada”. Gomes diz que o local foi mal escolhido porque fica ao lado do pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof, onde “70% dos eventos da cidade acontecem”.

Durante pronunciamento em evento do Grupo de Proteção de Infância e Adolescência (Grupia), o comandante destacou a necessidade de o poder público encontrar uma solução para o problema dos moradores de rua no município.

“Tivemos problemas durante a Fenajeep e a Fenarreco”, revelou. De acordo com ele, durante a Fenarreco a PM teve problemas de andarilhos que estavam no abrigo e mexiam com as mulheres.  Ele falou, ainda, que houve até tentativa de furto de veículo por parte de andarilhos abrigados durante eventos.