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Abrigo de animais vai permanecer em sítio incendiado no São Pedro

Comunidade se mobilizou e organizou doações de comida, roupas e eletrodomésticos para ajudar na recuperação

No último sábado, 10, um incêndio atingiu um sítio no bairro São Pedro onde eram abrigados cerca de 110 animais, como já noticiado por O Município. A suspeita do locatário Eder Leite, protetor de animais independente, é que o incêndio tenha sido criminoso.

Segundo Leite, a esposa estava sozinha no sítio na manhã de sábado e, por volta do meio dia, viu um homem saindo do terreno do sítio. Ele estava retornando ao local quando recebeu ligações avisando sobre o incêndio.

O local é dividido em três setores nos quais os animais ficam: cerca de 70 residem no galpão, 30 na casa e outros 10 em outro espaço.

Leite afirma que vai permanecer no sítio “até quando Deus quiser”. Quase todos os animais ainda estão lá – cerca de 15 foram levados para a casa dos pais de Leite -, visto que foi o espaço da casa que foi atingido pelo incêndio. “Mas os bombeiros foram muito ágeis e conseguiram chegar lá bem rápido”, diz.

Segundo ele, dois animais se perderam durante o incêndio. “Conseguimos tirar todos eles de lá, mas minha esposa deixou uma porta aberta, e não sabemos se esses dois voltaram para a casa ou se fugiram.”

Há informações de que foram vistos três homens no terreno do sítio, há cerca de duas semanas. Eles foram avistados por um rapaz que Leite abrigou. Segundo ele, o rapaz afugentou os homens. “Isso reforça nossa suspeita de que seja criminoso. Não sabemos, mas isso pode estar sendo planejado há dias.”

Desde o dia do incêndio, a comunidade se mobilizou para ajudar o abrigo, e Leite conta que já recebeu doações de roupas, comida e até eletrodomésticos. Foi criado um grupo no WhatsApp para as pessoas se organizarem quanto ao auxílio prestado ao abrigo.

Nos dois primeiros meses de locação do sítio, Leite recebeu doações que foram suficientes para cobrir 100% do valor do aluguel. Agora, embora receba menos auxílio, está tentando manter o espaço para poder continuar ajudando e abrigando os animais.

Ele não pretende, por enquanto, registrar uma organização ou um abrigo “oficial”: para ele, é melhor ser um protetor independente, para não ficar refém de uma diretoria. “Não é garantia que eu seja o presidente, caso eu abra uma ONG. E aí pode entrar alguém que não tenha os mesmos objetivos que eu, de ajudar os animais.”