A posse
Na segunda semana de outubro, aconteceu na Sociedade Beneficente a cerimônia de posse da diretoria da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), presidida pelo empresário Halisson Habitzreuter, reeleito para um segundo mandato a terminar em 2019. O evento, prestigiado pela nata do empresariado local e das cidades vizinhas, reuniu certamente dois terços do PIB da região. […]
Na segunda semana de outubro, aconteceu na Sociedade Beneficente a cerimônia de posse da diretoria da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), presidida pelo empresário Halisson Habitzreuter, reeleito para um segundo mandato a terminar em 2019. O evento, prestigiado pela nata do empresariado local e das cidades vizinhas, reuniu certamente dois terços do PIB da região.
O recém-empossado usou o seu discurso inaugural para condenar veementemente as mazelas da administração pública em nosso país, como a corrupção generalizada, o nepotismo e o empreguismo, no que foi entusiasticamente aplaudido pelos presentes.
O tom menos elegante da noite ficou por conta da parte da plateia que resolveu não tomar muito conhecimento dos dois últimos oradores, entregando-se a uma animada conversação, como se no Café da Galeria Gracher estivesse.
Para evitar tais constrangimentos em eventos futuros, sugere-se discursos mais compactos e um cerimonial definitivamente menos extenso e extenuante, focado em figuras realmente importantes no evento.
Só para exemplificar, a nominata do cerimonial na noite da posse demorou exatos 23 minutos, e para minha profunda tristeza, o meu nome não foi mencionado, nem os dos garçons nem o do leão de chácara da portaria. Espero que os sindicatos não criem problemas pela discriminação!
Os emendos
Sem muito medo de errar afirmo que nós brasileiros somos os campeões mundiais de feriados: são datas patrióticas, religiosas, regionais, enfim, tudo acaba sendo um motivo para que todos cruzem os braços e se entreguem ao doce prazer do não fazer nada.
Além do mais, habituamo-nos, e aí reside o maior problema, a “emendar”, ou seja, a prolongar o feriado para o dia subsequente, aquele espremido entre o feriado e o fim de semana, o que acaba sendo danoso à nossa economia.
Considero no mínimo estranho que num país que se encontra numa profunda crise econômica, desemprego e inadimplência em alta e todos se queixando da falta de grana, as prefeituras não hesitam em transformar um dia útil em ponto facultativo, oficializando dessa forna o cordão dos folgados país afora.
Além do mais, a Infraero, órgão que administra os aeroportos no país, comunicou que houve um adicional de 2 milhões de passageiros nos aeroportos do país durante o feriado prolongado. Vale perguntar: estamos realmente em crise? Para o bem de nossa economia, reputo como fundamental que a administração pública e as empresas privadas reestudem com a devida atenção o vigente vício das “emendas”, adequando-o à real situação econômica do país.
O susto
E lá se foi mais uma Fenarreco, bem organizada, correta, mas sem maiores novidades ou emoções. O ponto alto do evento, como de costume, desfile e gastronomia, tendo o público jovem prestigiado as animadas noites, regadas a muita cerveja.
Na noite inaugural, levei um baita susto ao ver pendurados na parede frontal do pavilhão dois gigantescos banners da Havan. Logo pensei: meu Deus, leiloaram a Fenarreco. Felizmente descobri, logo depois, que meus temores eram infundados!