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A epidemia do divisionismo

Na futurologia de Alvin Tofler (falecido 2016) em sua obra monumental “Terceira Onda” (1980), previa que haveria uma divisão de nações cada vez maior no planeta por conta da terceira onda da difusão do Conhecimento. Muitos países que no passado se obrigaram pela força das armas como a ex-URSS, Iugoslávia…, a se agregarem com promessas […]

Na futurologia de Alvin Tofler (falecido 2016) em sua obra monumental “Terceira Onda” (1980), previa que haveria uma divisão de nações cada vez maior no planeta por conta da terceira onda da difusão do Conhecimento. Muitos países que no passado se obrigaram pela força das armas como a ex-URSS, Iugoslávia…, a se agregarem com promessas de grandes mercados começam agora retornar a suas origens, pelo fracasso das ideologias impostas pelos dominadores. Na contramão da história a União Europeia se aglutinou, para se proteger do gigante chinês em termos de mercado, mas que agora começa aparecer suas primeiras fissuras.

Ao longo da história, forjaram-se nações, conglomerados, países, que em função de uma cultura dita comum, se consolidaram; facilitados por culturas como linguagem, escrita, etnias; mas o elo mais forte foi a religião, que predominou como fonte de identidade e unificação.

A União Europeia (UE) se consolidou nos últimos cinquenta anos numa colcha de retalho cultural e política mesmo com idiomas diferenciados; muitos povos estavam isolados por um acidente geográfico, uma cadeia de montanha ou um rio. Entretanto, pelo domínio romano do passado foi fácil cristianiza-los e se unir pela fé.

Com palavras simpáticas e atraentes do socialismo marxista da Social Democracia, costurou-se um acordo, embora frágil, de se unir num conglomerado imenso de nações; politicamente consolidados, apagaram-se os ranços do derramamento de sangue nestes dois mil anos de historia. Segundo historiadores a força motivadora no âmago de seus habitantes não era ideológica, mas sim de ordem econômica com o avanço comercial da China e dos EUA, em todo o continente. Como o dragão chinês se revelou não tão perigoso quanto parecia, vê-se agora o desmoronamento do grande sonho da UE. O “brexit” foi o primeiro passo.

A tentativa de uma união, com base em falsas premissas políticas, por meio de acordos de gabinete, num mundo de plena informação universal, levou ao fracasso; corroborado por alguns plebiscitos até de opção não oficial. Agora as populações estão se rebelando por terem sido novamente vítimas de um embuste, dominados por todo um aparato de ideólogos comuno/gramscista; arrasados no passado quando estavam nas mãos do estado soviético. Se sentem frustrados, que saído das amarras de uma tirania perversa, agora estão novamente sendo tiranizados, pelo Parlamento Europeu, minado de burocratas e intelectuais relativistas levando a destruição dos valores cristãos, promoção do aborto, casamento homossexual, eutanásia, multiculturalismo…

O descontentamento popular é visível pelo mundo afora desde o referendo do “Brexit”, da Catalunha, ao acordo da Colômbia; nos EUA, inclusive no Brasil já se afloram alguns movimentos separatistas de um Estado totalitarista cada vez mais opressor.
As profecias de Tofler estão se realizando.