Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

O encontro de Rimini, Itália

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

O encontro de Rimini, Itália

Pe. Adilson José Colombi

Em Rimini, Itália, aconteceu de 20 a 25 de agosto, semana passada, portanto, o 44º “Encontro para a Amizade entre os Povos”. Por isso, teve como tema: “A existência humana é uma amizade inesgotável”. O Papa Francisco, em sua mensagem para o encontro ressalta a importância da amizade e da cultura do encontro, diante de uma “espécie de epidemia de inimizade”, enviada por meio de seu Secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin. O Papa aproveitou a ocasião, para mais uma vez, chamar a atenção de todos “a respeito da importância da amizade em um mundo onde os conflitos e as rivalidades espalham ressentimentos”.

Observou, também, na sua mensagem, que “infelizmente, a guerra e as divisões semeiam ressentimento e medo nos corações, e o outro que é diferente de mim é muitas vezes visto como um rival”. Dessa forma, “a comunicação global e generalizada faz com que essa atitude generalizada se torne uma mentalidade, as diferenças apareçam como sintomas de hostilidade e ocorra uma espécie de epidemia de inimizade”.

“Neste contexto o título do encontro parece ousado: “A existência humana é uma amizade inesgotável”. Ousado porque vai claramente contra a tendência, em uma época marcada pelo individualismo e pela indiferença, que geram solidão e muitas formas de descarte”.

Francisco diz que “a humanidade sempre experimentou isso: ninguém pode se salvar sozinho”. Por isso “Deus, num momento histórico, enviou o seu Filho para ensinar o caminho da fraternidade e o dom” da amizade.

“Com efeito, como diz o papa, Jesus apresenta-se como amigo, e o seu Espírito rompe a solidão oferecendo a amizade. Essa amizade inesgotável dissolve a desolação, enfatizando que a existência humana é um diálogo profundo e a abolição da solidão”.

Dirigindo-se aos jovens, o Papa Francisco exalta o valor da verdadeira amizade, que alarga o coração: “Os amigos fiéis, que estão ao nosso lado nos momentos difíceis, são um reflexo do afeto do Senhor, da sua consolação e da sua presença amorosa. Ter amigos nos ensina a nos abrir, a compreender, a cuidar dos outros, a sair de nosso conforto e isolamento, a compartilhar a vida”.

É precisamente a amizade social, continua a mensagem – que o papa continua a recomendar como a única chance, mesmo nas situações mais dramáticas – mesmo diante da guerra. A mensagem recorda também a lei da amizade instituída por Jesus (Jo 15,13). Neste sentido, o papa exorta os cristãos e as pessoas de boa vontade a responder ao clamor do mundo com gestos e opções que promovam a paz na vida cotidiana.

Finalmente, a mensagem do papa celebra as amizades surgidas nos Encontro de Rimini e destaca a definição da amizade como processo. Incentiva a promoção da cultura do encontro, vendo em cada pessoa um reflexo divino. Ao mesmo tempo, pede para se aproximar de outros como Jesus, promovendo a amizade social e entre as Nações.

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