Dermatite atópica em cães é tema de palestra do Núcleo de Médicos Veterinários da Acibr
Doença está entre as alergias mais comuns em cachorros
Doença está entre as alergias mais comuns em cachorros
O Núcleo de Médicos Veterinários da Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Acibr) recebeu na noite de quarta-feira, 23, a médica especialista em Dermatologia Veterinária, Dra. Marília Gaiovicz, de Joinville, para uma palestra sobre os cuidados no tratamento de cães com dermatite atópica.
De acordo com a especialista, a doença está entre as alergias mais comuns em cachorros, perdendo apenas para as causadas por picadas de pulga. “A dermatite atópica corresponde a cerca de 60% dos atendimentos clínicos. Todo veterinário, em algum momento, vai ter que atender um bichinho com problema de pele”, diz.
Comum também no ser humano, a dermatite atópica em cães causa muita coceira e pode ser desencadeada por uma série de fatores, desde poeira, pólen, fumaça, mofo, até reações relacionadas ao estresse ou produtos irritantes.
A médica explica que o diagnóstico da dermatite é simples, o problema são os cuidados que o tutor precisa ter com o cachorro para amenizar a doença. “A dermatite não tem cura, tem controle. E a dificuldade está em manter o animal com o mínimo possível de coceira ou espaçar as crises para que ele não fique tomando tantos remédios e não se precise gastar tanto tempo e dinheiro”.
Na palestra realizada, a especialista abordou os cuidados com os animais e também deu dicas de como os profissionais podem orientar os tutores de cães que sofrem com a doença. Um dos pontos principais para amenizar as crises, segundo ela, é o banho, que deve ser rápido, de no máximo 10 minutos. A água sempre deve ser morna, assim como o secador. Dependendo do caso, para alguns cães, o recomendado é dois banhos por semana.
A hidratação da pele dos cachorros com dermatite atópica também é fundamental, segundo a médica. Produtos próprios para esta finalidade devem ser utilizados, pois o condicionador não substitui o hidratante.
Outra questão abordada é o diálogo entre o veterinário e o tutor. Para a médica, é fundamental a orientação constante do profissional sobre os cuidados com os pacientes atópicos. “É um animal que tem uma doença incurável, então o tutor vai precisar introduzir esses cuidados na rotina, no orçamento familiar, é algo que muitas vezes pode desestabilizar a família, por isso, a importância desse contato próximo com o veterinário”.
O coordenador do Núcleo de Médicos Veterinários da Acibr, José Antônio Guesser Júnior, destaca a importância de promover momentos de atualização para os profissionais.
“Em muitos casos, a dermatite atópica não tem cura, mas um bom controle e manejo, resulta em qualidade de vida para esse paciente por muito tempo. Por isso, a atualização dos profissionais é fundamental, precisamos estar buscando novos produtos e tratamentos. Essa oportunidade que o Núcleo oferece para os veterinários é importantíssima”.
Segundo ele, o núcleo sempre está em busca de profissionais que possam contribuir com seu conhecimento. “Dentro de uma palestra, muitas vezes um detalhe pode fazer a diferença. Estamos aqui para contribuir e somar um com o trabalho do outro”, destaca.
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