João Vítor Roberge

joao@omunicipio.com.br

Mesmo em grande momento, Brusque sofre para levar torcida em peso ao Augusto Bauer

Quadricolor está prestes a decidir o acesso e público superior a 1,7 mil presentes tem sido coisa rara no estádio

João Vítor Roberge

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Mesmo em grande momento, Brusque sofre para levar torcida em peso ao Augusto Bauer

Quadricolor está prestes a decidir o acesso e público superior a 1,7 mil presentes tem sido coisa rara no estádio

João Vítor Roberge

Líder da Série C, classificado à próxima fase, mostrando em campo que é candidato ao acesso em meio a problemas financeiros, o Brusque não consegue trazer o torcedor ao seu lado. Na verdade, consegue, mas trata-se do que tem se acostumado a chamar de “os mil de sempre”, ou “os 1.500 de sempre”. Mas parece impossível trazer torcedores para além deste grupo, composto pelos mais apaixonados e assíduos em todos os setores, com todos seus estilos de assistir e de torcer, desde os que cantam sem parar até os que entram mudos e saem calados.

Sempre lembro, quando toco no assunto: quando existe a chamada pela presença de torcida no estádio, quando se critica a pouca quantidade de torcedores, é sempre chamando a atenção de quem pode ir. É fazendo o pedido a quem é torcedor e tem condições de ir ao estádio, mas nunca vai, nunca foi, talvez nunca irá, ou vai apenas ver finais, grandes decisões ou adversários de grande renome nacional e internacional.

Em nove jogos na Série C, o Brusque não conseguiu bater a marca de 2 mil torcedores presentes. O maior público foi 1.902, contra o Remo, que colocou torcida numerosa no setor visitante. Depois, 1.768, no empate contra o São Bernardo, logo depois de cinco vitórias consecutivas. Na sequência, vêm os jogos contra Confiança (1.655) e Figueirense (1.453).

Ficam os valentes 1.000, 1.500 de sempre. Talvez seja um grupo com uma cultura diferente de torcer, com mais identificação, senso de coletividade, pertencimento com o clube. É desanimador conferir as médias de público de anos anteriores, quando jogar Séries B e C eram um sonho impossível, e ver que hoje estas médias não mudaram. A exceção foi o ano passado, e a pandemia nos impediu de ver o que seriam a Série C de 2020 e a Série B de 2021 com público 100% liberado.

Na segunda fase da Série C, o Augusto Bauer precisa estar abarrotado de gente. Como acontece nas finais de Campeonato Catarinense ou quando aparecem clubes como Vasco, Grêmio, Cruzeiro, Corinthians e outros.

É importante ter em mente que há uma contagem regressiva em curso. Faltam quatro ou cinco jogos em casa neste ano. E podem ser os últimos do Brusque em sua própria cidade, por muito tempo. O contrato de aluguel termina no fim de 2023. Em 2024, as reformas do Augusto Bauer serão feitas no campo. Não há viabilidade financeira alguma para a construção de estádio próprio em lugar nenhum. A diretoria quadricolor já trabalha com alternativas de estádio em outras cidades para a disputa do Catarinense.

O Brusque é líder da Série C, não perde em casa há quatro jogos, nem sofreu gol em casa nestes quatro jogos. Neste sábado, 19, joga contra o Náutico, desesperado para voltar ao G-8. Depois, tem mais três partidas da segunda fase, verdadeiras decisões na luta pelo acesso. Se tudo der certo, tem a final depois.

O momento é de encher o estádio e de viver o Brusque em mais um momento promissor. O torcedor precisa aproveitar e ajudar o time de coração no que seria uma façanha enorme: voltar à Série B um ano após a queda.


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