Por Eliz Haacke
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O sonho de Fabíola Cristina Popper Cernucky, de 49 anos, sempre foi ser mãe, ela só não imaginava que teria um longo e tortuoso caminho para alcançar o que almejava.
Fabíola tinha um longo histórico de abortos, o que torna mais difícil a gravidez. Foram anos de tentativas, visitas ao médicos e inúmeros exames para tentar identificar o problema.
Além disso, ela chegou a ter um bebê em 1997, mas ele era natimorto, ou seja, quando a criança nasce sem vida. Mesmo muito abalada com todas as perdas, ela nunca desistiu do sonho e aos 27 anos conseguiu engravidar e ter uma menina, a Caroline. Três anos depois veio a segunda boa notícia e nasceu o primeiro menino, Marcus Vinícius.
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Aos 41 anos, Fabíola curtia a tão idealizada família ao lado do marido Bruno Hermes Cernucky Junior quando descobriu uma gravidez inesperada. Devido ao histórico de abortos, a gestação foi tratada como alto risco.
A professora inclusive passou por uma cerclagem, um procedimento para amarrar o colo de útero cujo objetivo era evitar que ela perdesse outro neném. No caso de Fabíola, o repouso não foi uma opção, mas uma ordem.
“No começo eu achei que não daria certo por conta da idade e dos problemas que eu já tive”, recorda.
A moradora do Guarani lembra que mesmo apesar dos problemas anteriores, as gestações dos primeiros filhos foram tranquilas. Já depois dos 40 anos foi outra experiência.
“Teve diferenças pro bem, pois eu já estava mais madura, já sabia como lidar com uma criança e não tinha tanta neura, mas na questão do físico tu sentes um pouco mais, pois você já está com uma idade um pouco mais avançada e já pesa mais, fica mais cansada”, salienta.
O acompanhamento de Fabíola durante a gravidez era normal, mas o trauma de outras gestações fez com que ela corresse para o hospital sempre que sentia algo estranho.
Por conta do histórico e do procedimento de cerclagem, o obstetra de Fabíola achou prudente a cesariana. Ela até poderia fazer o parto normal, bastaria tirar a amarração do colo do útero, mas quis seguir a opinião médica para evitar uma nova perda. O pequeno João Lucas nasceu em março de 2015, quando Fabíola já estava com 42 anos.
Hoje, com a família completa, Fabíola afirma que o pensamento positivo foi crucial para encarar toda a trajetória. “Eu queria, eu via, eu fechava os olhos e via o bebê comigo no hospital. Eu fiz esse trabalho e foi essencial, não sei se eu teria conseguido. Muitas pessoas da família e médicos também falaram que não é apenas o lado da ciência, mas que o lado espiritual e psicológico também são importantes”, revela.
Para Fabíola, alcançar o sonho da maternidade superou qualquer expectativa. “Não me arrependo de ter esperado e tentado várias vezes até conseguir realizar meu sonho. A fé e o propósito de ser mãe sempre estiveram comigo. Não digo que é fácil, ser mãe é uma eterna doação, é amar sem limite, sofrer e sorrir junto dos filhos, é amar incondicionalmente”, finaliza.
Você está aqui: Após longo histórico de abortos, brusquense descobre gravidez inesperada aos 41 anos
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