GALERIA – Membros da Igreja Católica e ex-atletas do Brusque se enfrentam em jogo festivo
Além de alguns craques de 1992, dirigentes e atletas do Brusque também participaram
Além de alguns craques de 1992, dirigentes e atletas do Brusque também participaram
Na tarde desta quarta-feira, 7, o Amigos do Brusque Futebol Clube venceu o Amigos da Paróquia São Luís Gonzaga no Jogo do Jubileu, no campo do Paysandu. A disputa reuniu padres, seminaristas, dirigentes e atletas do Brusque, além dos craques de 1992: um reencontro de campeões, 30 anos depois.
“É uma alegria promover um evento com tantas pessoas envolvidas e, principalmente, com a participação de atletas do futebol profissional. A Igreja sempre foi uma incentivadora da cultura e o esporte passa por essa dimensão”, afirma o pároco, padre Diomar Romaniv, camisa 9 do time da paróquia.
Segundo ele, jogar futebol ainda é um dos esportes mais praticados no seminário. “Os padres diziam: quer saber como é um seminarista, coloca ele no campo e solta uma bola, ele vai revelar sua personalidade e jeito de ser. Por isso, equipes bem treinadas, como o Paysandú, o Carlos Renaux e até o Vasco foram ao Convento jogar com os nossos fratres”, conta padre Diomar.
O prefeito de Brusque, José Ari Vequi, foi o responsável pelo pontapé inicial da disputa. “Foi um momento de muita emoção. No Bicentenário de Independência do Brasil é uma alegria prestigiar este jogo festivo, que celebra os 150 anos da Paróquia São Luís Gonzaga. A fé chegou com os nossos colonizadores e até hoje é um marco da nossa cidade”, destaca o prefeito.
O Brusque abriu o placar aos 40 minutos do primeiro tempo, com gol de Sérgio Graça. No contra-ataque a Paróquia empatou, com gol do atacante Felipe, seminarista do Sagrado Coração de Jesus.
A definição da disputa veio aos 32 minutos do segundo tempo, com gol do craque Geovani, que já defendeu as camisas do Brusque, Blumenau e Ibirama.
Em 13 de dezembro o Brusque Futebol Clube comemorará 30 anos do seu primeiro título de Campeão Catarinense. Neste contexto, o Jogo do Jubileu já antecipou o reencontro de craques, além de permitir a troca de experiência com os atuais atletas do time, bicampeões em 2022.
“Este jogo foi mais do que eu imaginava. Rever os campeões de 1992 e todo este movimento em torno da fé, no Dia da Independência do Brasil, é algo histórico. Estou feliz e honrado pelo convite. Quando um jogador entra em campo, o sentimento é de gratidão a Deus, porque seu trabalho envolve milhares de pessoas que gostam do espetáculo que é o futebol. Por isso, só podemos ser gratos por este dom”, disse o lateral do Bruscão, Christofoly Acioly da Silva, o Toty.
O goleiro Ruan Carneiro também esteve presente no evento. “É um privilégio estar no meio de tantos jogadores que fizeram parte da história do Brusque, ainda mais em um evento social, com arrecadação de alimentos. É uma alegria fazer a nossa parte”, afirma.
Carlos Alberto Maringá, natural de Brasília, escolheu Brusque como lar há muitos anos e hoje treina goleiros no Paysandu. Apesar de não pisar mais nos gramados, ele se dispôs a participar do Jogo do Jubileu. “Em uma festa assim não poderia ficar ausente. Quando a causa é beneficente, os atletas não medem esforços para contribuir. Venho com prazer e trago amigos, porque a fé é a base da nossa vida”, pontua.
Washington Luiz Alves da Silva foi outro ex-atleta do Bruscão que permaneceu em Santa Catarina depois da vitória de 1992. Morando em Balneário Camboriú, ele falou sobre a satisfação de participar do evento. “Morei em Brusque por oito anos e foi aqui que meus filhos foram criados. Só tenho gratidão por tudo que esta cidade já me trouxe e por momentos felizes que ela ainda me proporciona”, revela.
Além de padre Diomar, a organização do Jogo do Jubileu contou com a participação dos ex-atletas Edemar Luiz Aléssio (Palmito) e Robson Machado (Bob), além do vice-presidente do Brusque Futebol Clube, Carlos Beuting.
“Nosso objetivo foi atingido pela presença e solidariedade do povo. É importante destacar este envolvimento da comunidade nos eventos que comemoram o Ano Jubilar da paróquia. Os atletas convidados também entenderam a proposta e vieram nos trazer alegria”, expressa Palmito.
Bob teve o desafio de ser o treinador do time Amigos da Paróquia, mesmo sem nunca ter visto esse elenco reunido em campo. “É uma festa, um jogo amistoso. Não estamos em busca de resultado, mas de alegrar esta arquibancada que nos prestigia”, detalha.
Para o vice-presidente do Brusque, não seria possível ficar de fora do evento. “Nosso time viaja hoje para Recife, pois vai enfrentar o Náutico na sexta-feira. Mas alguns atletas do profissional estão aqui prestigiando e vão autografar camisas. A fé é algo muito forte, não apenas no Brusque, mas dentro do futebol”, salienta o dirigente.
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