Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

Era uma vez…

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

Era uma vez…

Pe. Adilson José Colombi

Na semana passada, escrevi aqui, neste espaço, o seguinte: “É bom lembrar que esse partido político (PSDB) que João Doria pretendia ser o candidato, já foi importante no cenário político e administrativo do país. Afinal, foi um dos artífices da retomada da democratização do nosso país. Disputou todas as eleições posteriores com candidatos próprios. Venceu dois pleitos eleitorais; fez um presidente e o reelegeu. Além de vários governadores de Estados importantes e influentes na vida da Nação. Sempre teve um destaque em todos os momentos de nossa História, neste período histórico. Sempre com grande influência nas grandes decisões tomadas”.

Então, fiz o seguinte questionamento: Por que, então, o partido chegou a essa situação? A partir deste questionamento fiz algumas considerações e tentei dar algumas razões possíveis desta situação desconfortável deste partido político. Mas, hoje, não é sobre este ângulo da situação que gostaria de conversar com o distinto leitor e a estimada leitora. Mas, mais a respeito da reação do povo em si. Afinal os próprios eleitores que eram fiéis em dar o seu voto aos candidatos do partido, no momento, não querem saber do partido. Afinal, o que houve?

Mais um questionamento? Sim, penso que houve um certo boicote às novas lideranças jovens. Velhos políticos se “cristalizaram” no comando e na distribuição das possíveis candidaturas para os vários cargos públicos. Acresce ainda os frequentes desgastes no embate na busca do espaço entre eles, na escolha para esses cargos. Além do mais, pipocaram denúncias e aparentes confirmações de fragrantes de corrupção. Realidade triste que seus eleitores/as não admitem e jamais vão tolerar, como acontece em outros partidos. Os eleitores/as não são meros espectadores deste “jogo de poder”, pelo contrário, observam e tiram suas conclusões. E uma das conclusões está aí: pela primeira vez o PSDB, ao menos até agora, o partido parte para a Eleição Presidencial sem um candidato próprio.

Para mim, sinal claro que os eleitores/as deste partido não toleram essas atitudes em políticos que escolheram. E, certamente, jamais vão se acomodar ou aprovar atitudes deste naipe. Além desta constatação, creio que, a meu ver, o partido desviou-se, em parte, de sua postura original, bastante próxima de uma Democracia Socialdemocrata. Resultou em um conjunto de valores e posições, carregados de dubiedades e incertezas, confundindo os eleitores/as, sem um rumo transparente para seguir adiante. Tornou-se um partido sem um apelo definido a propor para seus eleitores.

O dito povo, mais ainda os eleitores/as mais esclarecidos (como eram os eleitores/as do PSDB, em sua maioria) perceberam e tomaram posição definida: buscar outras opções para oferecer, livre e conscientemente, seu voto. E como fica o PSDB? Se não voltar a sua inspiração original e não se situar na nova realidade sociocultural brasileira, vai definhar e se tornar mais um partido político “nanico”, como um “meteoro” perdido no Espaço. É riste dizer isso e pior ainda constatar que é verdade: um “sol” reluzente, rebaixado a um mero “meteoro”, no espaço político brasileiro.

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