GALERIA – Saiba como conhecer a Villa Renaux, casa onde o cônsul Carlos Renaux viveu em Brusque
Unifebe realiza visitas guiadas em grupo no local que é uma das construções mais emblemáticas da cidade
Unifebe realiza visitas guiadas em grupo no local que é uma das construções mais emblemáticas da cidade
Uma das construções mais emblemáticas de Brusque, a Villa Renaux, como é conhecida a casa onde o cônsul Carlos Renaux viveu seus últimos anos, está aberta à visitação.
As visitas no local ocorrem com supervisão do Centro Universitário de Brusque (Unifebe), que desde 2017, mantém um acordo de cooperação com a família Renaux, para a utilização do casarão para atividades de pesquisa.
Além disso, a instituição também faz a catalogação e conservação de todo o acervo documental e fotográfico deixado por Maria Luiza Renaux, bisneta do cônsul, que faleceu em janeiro de 2017 e era a única moradora do local.
Atualmente, o local é mantido pelo filho de Maria Luiza, Vitor Renaux Hering, que é trineto do cônsul.
As visitas guiadas ocorrem em grupos de até 15 pessoas e são realizadas mediante agendamento no site da instituição (www.unifebe.edu.br/site/villa-renaux/). São disponibilizadas algumas datas por mês para que estudantes, pesquisadores e a comunidade em geral, conheçam de perto a última residência do cônsul Carlos Renaux.
A visita é gratuita e o tour leva em torno de duas horas. Durante a permanência na casa, os visitantes conhecem um pouco da história do local e a importância do casarão para Brusque.
Na visita, é possível conhecer, por exemplo, o local onde foi instalado o sistema de refrigeração, um dos grandes diferenciais do casarão. Construída em 1932, a casa é considerada a primeira a ter ar-condicionado em Santa Catarina.
Os visitantes também têm acesso ao interior da casa, onde estão as salas de estar e jantar e o escritório do cônsul. Toda a mobília e objetos decorativos do casarão permanecem intactos, proporcionando uma verdadeira viagem no tempo.
Também é feito um tour pelos grandes jardins do casarão, incluindo o mausoléu onde está sepultada a terceira esposa do cônsul, a consulesa Maria Luiza Auguste Linaerts, a Goucky.
“Quanto mais a comunidade conhecer, se apropriar deste local, mais seguro ele estará. Esta é a melhor forma de salvaguardar um patrimônio”, destaca a reitora da Unifebe, Rosemari Glatz.
A manutenção de toda a estrutura é feita por Sérgio Hadriano, 57 anos, que vive com a família na casa anexa ao casarão há cinco anos e é o guardião de todo o patrimônio.
Seu Sérgio conhece a história de cada cantinho e objeto da casa e mantém o casarão e os jardins impecáveis à espera das visitas. Ele tem orgulho em zelar por uma das construções mais importantes de Brusque.
“Aprendi tudo o que eu sei depois que vim morar aqui, lendo os livros da dona Bia. Pelos livros dela, a gente aprende muito”, diz.
Todo o acervo documental e fotográfico que estava na casa foi transportado para a Unifebe, onde é feito o trabalho de catalogação e conservação dos arquivos.
“Recebemos autorização da família para trazer o material para cá. Treinamos a equipe, investimos em equipamentos próprios para mexer com este tipo de material e somente as pessoas capacitadas têm autorização. Todos os documentos são digitalizados e enviados para o sistema, onde qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo terão acesso via internet”, explica Rosemari.
A reitora lembra que os documentos que estão na Unifebe são os que estavam na Villa Renaux e não os documentos da fábrica, que permanecem lá.
“O papel da Unifebe como instituição de ensino é preservar este patrimônio, tanto documental quanto estrutural, que tem grande importância para a ciência. Somos gratos por ter esta oportunidade”.
Na quarta-feira, 25 de maio, a equipe do jornal O Município esteve na Villa Renaux e gravou um vídeo exclusivo mostrando todos os cantinhos do casarão. O vídeo está disponível no perfil do Instagram do jornal: @omunicipiobrusque