João Vítor Roberge

joao@omunicipio.com.br

Derrota do Brusque para o Sampaio Corrêa foi dolorida, mas precisa ser posta em perspectiva

Muitos desfalques, muitos jogadores novos, chances perdidas e história mostram que não é necessário colocar a carroça na frente dos bois

João Vítor Roberge

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Derrota do Brusque para o Sampaio Corrêa foi dolorida, mas precisa ser posta em perspectiva

Muitos desfalques, muitos jogadores novos, chances perdidas e história mostram que não é necessário colocar a carroça na frente dos bois

João Vítor Roberge

O Brusque perdeu para o Sampaio Corrêa, em uma partida que não foi boa, com erros bastante claros e duas chances imperdíveis (Zé Mateus, de pênalti, e Júnior Todinho). Mas não há, pelo menos ainda, motivo para achar que o time precisa de mudanças drásticas. Foi uma derrota amarga, dolorida, chata, mas que faz parte de uma campanha de Série B.

Talvez, pelo time ter sido campeão estadual e ter ficado invicto por 15 jogos, haja uma euforia externa, às vezes, dependendo do adversário, até certa soberba, uma ideia de que o Brusque tenha a obrigação de passar o carro por cima de qualquer time. Não é o caso. Embora seja melhor no papel, o Brusque ainda é o Brusque, para bem e para mal, disputando uma Série B. Não tem obrigação (nem histórica e nem no contexto do jogo) de vencer o Sampaio Corrêa em São Luís como tinha, por exemplo, de passar pelo Concórdia nas semifinais do estadual.

Historicamente, o quadricolor tem dificuldades de jogar fora de casa. Na Série B de 2021, venceu quatro e perdeu 11 jogos longe do Augusto Bauer. No mesmo ano, venceu os três primeiros jogos, mas não demorou para a realidade de luta contra o rebaixamento aparecer. O momento do time nas três primeiras rodadas de 2021 não se pareceram em nada com o que foi o todo, e não é pelo futebol apresentado nas três primeiras rodadas que podemos dizer que o Brusque chegará ao 18º, ao 10º ou ao terceiro lugar em 2022.

No Catarinense, no início da reformulação, foram dois empates e uma derrota, com atuações sem sal. O time terminou campeão. Não houve uma reformulação na Série B, mas chegaram 12 jogadores que precisam ser integrados e postos aos poucos no gramado. Colocá-los em grande quantidade logo de cara poderia afetar o time em entrosamento e compreensão tática.

No sábado, distante de seu melhor, o Marreco ainda teve oportunidades. Contudo, não teve competência, naqueles momentos, para mandar a bola para o fundo das redes.

O Sampaio Corrêa não vencia há sete jogos e estava desesperado para voltar a ganhar, num gramado ruim e sob chuva, elementos que prejudicaram os dois times. O quadricolor não tinha Alex Sandro, Airton, Diego Jardel, Luiz Antônio e Bruno Aguiar. Quatro destes têm status de titulares desde o início do ano, não pelo discurso de Waguinho Dias, mas pelo que os números mostram até aqui.

Houve, nos últimos anos, diversos outros momentos em que uma cobrança veemente era necessária, inclusive nos momentos mais delicados da Série B do ano passado. E este momento, na terceira rodada da Série B, não parece ser um de alerta vermelho. Um time que estava invicto há 15 jogos e encerrou um jejum de 30 anos sem um título estadual merece confiança.

Mais da coluna em 26/04:
Sucesso do Brusque na Série B passará por fazer do Augusto Bauer um alçapão


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