João Vítor Roberge

joao@omunicipio.com.br

Brusque chega a 2022 como uma incógnita empolgante

Marreco perde seus principais jogadores, mas reformulação traz bons nomes ao elenco

João Vítor Roberge

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Brusque chega a 2022 como uma incógnita empolgante

Marreco perde seus principais jogadores, mas reformulação traz bons nomes ao elenco

João Vítor Roberge

Sem Thiago Alagoano e Edu, o Brusque inicia uma fase totalmente nova. Apenas quatro jogadores do elenco atual estiveram presentes na conquista da Série D (Airton, Edílson, Ianson e Zé Mateus), e os responsáveis por metade dos gols, ídolos da torcida, os dois maiores artilheiros da história do clube, não estão mais ali.

Como declarou Waguinho Dias na primeira coletiva do ano, é hora de tentar encontrar novos ídolos que possam chamar a responsabilidade para si, como tão bem faziam o Reizinho e o Imperador. Por isso, há áres de incógnita em torno de até onde o time do estadual pode chegar.

A formação do elenco tem muito mais grife que aquela do início de 2021. É só comparar e notar que, em teoria, no papel, sem a bola ainda ter rolado, o elenco do Catarinense de 2022 está mais encorpado do que o do ano anterior.

Nomes “nacionais” como Wallace, Guilherme, Diego Jardel e Luiz Antônio eram mais raros, aparecendo apenas na Série B. São novidades que despertam a curiosidade de todos, mas que precisam mostrar em campo a que vieram. André Rezini explicou esta questão na coletiva, aproveitando algumas oportunidades por valores menores e dispondo de um orçamento um pouco maior. Diego Jardel e Guilherme não jogam há um bom tempo e precisarão ter muito mais sorte com lesões e muito mais presenças no campo do que um medalhão como Marlone, por exemplo, que se esforçou, mas pouco pôde fazer.

No Catarinense, o Brusque briga, pelo terceiro ano seguido, por algo grande. Deverá brigar mais uma vez, em especial com Chapecoense e Avaí, por uma vaga na final, enquanto os outros brigarão por fora, com as sensações sempre podendo surpreender. Juventus e Marcílio Dias têm incomodado nos últimos anos, e o Próspera foi uma surpresa muito legal em 2021. Cabe ao quadricolor se superar mais uma vez para, quem sabe, ser campeão três décadas depois de 1992.

Estádio

Quanto ao aguardado estádio, é difícil ver, infelizmente, qualquer hipótese de o Brusque jogar a Série B de 2022 na cidade, a não ser que haja novas concessões da CBF e/ou adaptações no Augusto Bauer. O estádio novo é um projeto imenso, que não depende apenas do quadricolor. Há diversos passos no plano principal.

Primeiro, é necessário oficializar o encerramento da concessão do terreno no Complexo Chico Wehmuth, onde se imaginava que seria o estádio até pouco tempo atrás. Depois, será necessário que a prefeitura venda este terreno público a algum interessado, para que então possa começar, de fato, a iniciar a compra do Centro Esportivo do Sesi, uma grande estrutura inaugurada em 1990, que foi fruto da atuação de Ingo Fischer na Fiesc.

Se e quando o Sesi for vendido, o passo seguinte é fazer nova concessão ao Brusque. Depois, é torcer para que alguém tenha a bala na agulha necessária para fazer o investimento. A princípio, a expectativa do torcedor é que a Havan, assim que possível, cumpra este papel.

Não é por falta de esforço do clube. Mas é um processo longo, de diversas etapas, que por enquanto está na fase inicial das conversas. Por isso, o ideal é não esperar que o estádio venha tão cedo. Se vier, ótimo. Se não vier, é normal, pelo tamanho da tarefa.


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