Cesta Básica: Preço da carne está estabilizado desde junho
Em julho, variação foi de - 1,41% em Brusque, segundo o Dieese; parte dos consumidores opta por cortes mais baratos
Em julho, variação foi de - 1,41% em Brusque, segundo o Dieese; parte dos consumidores opta por cortes mais baratos
A carne teve redução do valor em julho em Brusque. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que realiza a pesquisa da cesta básica de alimentos aponta a variação de – 1,41% no mês. O preço está estabilizado há aproximadamente 60 dias.
O gerente de compras do Archer, Udo Wandrey, diz que o preço da carne parou de subir e está fixado há dois meses no mesmo valor. Desde junho, o quilo da costela tradicional resfriada está custando em média R$ 14,99; o patinho da carne de gado vale R$ 18,90 e a carne moída de segunda também está sendo comercializada em média a R$ 16,98.
Ele explica que neste momento de crise por qual passa o Brasil muitos dos clientes não deixam de comprar o produto, porém, optam por cortes de carne mais baratos. “Continuam comprando com qualidade, mas escolhem aquilo que é mais em conta, e se estende não somente à carne, mas a outros itens da cesta básica”, afirma. Para ele, enquanto a situação econômica causar preocupação, será uma tendência que as pessoas migrem para outros tipos de carnes, como por exemplo, a de frango, porco e de peixe.
O preço do frango (congelado com osso e sem osso, filé, coxa e sobrecoxa) varia numa média de R$ 4,98 a R$ 6,98 o quilo. Já a carne de porco (carré e pernil) está custando cerca de R$ 9. “É por essa diferença de preço que muitos clientes migram para o frango e o porco. Eles querem comer a carne mais barata”, diz o gerente do Archer.
No Bistek Supermercados, das carnes, a costela (minga, tira e ponta) foi o único item que sofreu aumento. Em junho era vendida a R$ 10,98 o quilo e neste mês está custando R$ 13,98 – um crescimento de mais de 27%. O gerente Evandro Bez diz que assim que se começou a falar em crise, houve o aumento da carne. “Como tem muita procura, o mercado acaba aproveitando esse período para aumentar o valor”. No entanto, segundo ele, outros itens como carne moída e carne de patinho não sofreram variações e estão com valor fixo desde junho.
Bez frisa que em geral se pode dizer que os clientes continuam comprando carne bovina, no entanto, em menor quantidade. Ele acredita que cerca de 6% migrou para a carne de frango e 3% opta pelo peixe.
A aposentada Rosemeire Martins Sanches Baumel é uma das pessoas que praticamente eliminou a carne bovina de sua alimentação. Ela diz que além de ser prejudicial à saúde, está muito caro. “Acabo levando um franguinho. Geralmente compro toda a semana o peito resfriado”, conta.
Para economizar, o empresário Leandro Klimak também prefere comprar frango e carne moída de segunda. Antes ele optava pela carne de primeira. “Não compro muito, mas levo o frango à passarinho que está R$ 7,98 o quilo”, afirma.
Mudança sutil nos açougues
No açougue Mário Montibeller, um dos mais tradicionais de Brusque, não houve mudança significativa por parte dos clientes em relação à troca da carne bovina por outras. O comerciante César Montibeller explica que isso acontece mais nos mercados. Em média, de junho a agosto, teve um acréscimo de cerca de R$ 1, 50 no valor do quilo da ponta de costela, patinho da carne de gado e carne moída de segunda. “O pessoal também compra frango e porco, mas não é uma mudança brusca. Continuam normalmente a consumir a de boi”.