Secretário da Fazenda e Gestão Estratégica de Brusque projeta mudanças para 2021
William Molina fala sobre projetos de gestão desenvolvidos pela pasta
William Molina fala sobre projetos de gestão desenvolvidos pela pasta
Secretário de Governo e Gestão Estratégica de Brusque entre 2017 e 2020, William Molina tem novo cargo e nova pasta, após a reforma administrativa ter sido aprovada na Câmara. Desde 1º de janeiro, é o secretário da Fazenda e Gestão Estratégica no mandato do prefeito Ari Vequi (MDB).
Trata-se de uma das principais mudanças imediatas no governo municipal a curto prazo. Com a aprovação no Legislativo, a Prefeitura de Brusque passou a trabalhar com 10 secretarias, algumas com nomes e atribuições diferentes das atuais.
Assim, a pasta da qual Molina está encarregado abrange funções de gestão estratégica, além da Secretaria da Fazenda.
“Se fôssemos criar secretarias por volume de trabalho, teríamos 14, 15. A proposta do prefeito eleito foi a criação de 10, obviamente que haverá uma junção de tarefas que sejam pertinentes. A secretária Edna ficou com orçamento, finanças e controle de patrimônio. É uma pasta extensa. Temos que ter condições de pagar, de nada adiantaria ter 20 secretarias específicas sem recursos para mantê-las.”
Molina tem no planejamento estratégico o projeto Brusque 2030, com diretrizes de curto, médio e longo prazo, em uma perspectiva para daqui a 10 anos. O pacote ainda será estudado e elaborado, antes de ser entregue dentro do prazo previsto, até março.
Questões de infraestrutura, saúde e educação deverão ser abordadas:
O software chamado Gestão Estratégica Orientada para Resultados (Geor) começou a ser implantado na Prefeitura de Brusque no final de novembro, e será um dos pilares da organização do Executivo, conforme relata Molina.
“O Geor nos dá a maior capacidade de gerenciar o plano de governo junto aos secretários. É possível fazer o acompanhamento de todos os atos realizados em cada secretaria, de forma online. Todas as metas podem ser monitoradas. É uma ferramenta de gestão, um software, que dá mais controle e transparência.”
Há indicadores com os quais cada secretaria será acompanhada e avaliada de acordo com o planejamento estratégico.
“Um exemplo simples: uma meta da secretaria de obras, asfaltar 20 km de ruas. O indicador vai dizer quais ruas terão asfaltamento, qual a quantidade que foi atendida. Quando não ocorrer conforme o planejado, o responsável pela pasta precisará dar justificativa”, explica Molina.
William Molina avalia seus quatro anos à frente da Secretaria de Governo e Gestão Estratégica de forma positiva, apesar de empecilhos como as paralisações dos caminhoneiros e a pandemia.
“Encontramos uma prefeitura, em 2017, completamente desestruturada. Não estamos apontando culpados, de forma alguma, mas como haviam passado três prefeitos [em um curto período], nós encontramos um cenário assustador. Nós não tínhamos dinheiro, não tínhamos planejamento, não tínhamos definições internas de controle de qualquer espécie. Foi um caos. A primeira reação era pegar as coisas e ir embora”, comenta.
Ele relata que foi necessário passar todo o primeiro ano da gestão fazendo preparativos e reparos para que o trabalho passasse a ser executado, efetivamente, a partir de 2018. “Havia erros operacionais gigantescos. Desperdiçar trabalho é desperdiçar o dinheiro. não só o desvio ou um roubo tira dinheiro dos cofres públicos, mas também a má gestão.”
A greve dos caminhoneiros foi o primeiro grande obstáculo, mas Molina classifica 2018, 2019 e 2020 como positivos. Ele reconhece, no entanto, as dificuldades trazidas pela pandemia. Os planos iniciais, evidentemente, precisaram ser alterados. Em 2021, após as experiências de 2020, o planejamento estratégico leva a Covid-19 em consideração
“Seria um desrespeito falar em sucesso [na Saúde], por conta das mortes e das hospitalizações por Covid. Mas pela forma como tem enfrentado, o município está de parabéns”, comenta Molina, que reservou elogios a Humberto Fornari, ex-secretário de Saúde, que deixou a pasta ainda em 2020.