Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - rodrigosantos@omunicipio.com.br

O estresse pós-goleada

Rodrigo Santos

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O estresse pós-goleada

Rodrigo Santos

A semana foi de pedidos de desculpa e reconhecimento de que tinha coisa errada no Brusque. Não tem como levar o acachapante 8 a 1 do eliminado Volta Redonda dentro do Augusto Bauer como um jogo qualquer, fácil de virar a página. Foi um jogo que marcou uma má fase do clube que não vinha mostrando solução, e que chegou ao seu ápice.

E quando a coisa estava ruim, resolveram fazer reuniões e encontros para ver o que está errado. Deixaram a bola de neve que começou lá no início do returno crescer, e agora não falta discurso bonito. O torcedor não quer ficar ouvindo desculpa. Quer resposta em campo. O que aconteceu no sábado não se apaga de um dia pro outro.

Parte das respostas ao mau momento do time foram dados na quinta-feira, em uma coletiva de mais de duas horas onde sobrou indireta, mas teve cobrança da imprensa. A diretoria concordou que aconteceu saia justa na viagem para Tombos, onde o time pediu pra ir dois dias antes e acabou indo na véspera, também disse com todas as letras de que sabia de problemas extra-campo com jogadores e que até atleta teve que ser chamado individualmente. Resumindo: faltou controle lá atrás, quando o time já vinha caindo de qualidade e perdendo o foco. Depois do 8 a 1, a lavação de roupa suja ficou inevitável.

Mas mesmo com o vexame histórico de tomar a maior goleada da história dentro de casa e só comparada a um 8 a 0 para o Tubarão em 2000, o time tem certo crédito. E esse crédito passa pelo jogo de amanhã onde, em condições normals, o Bruscão é amplamente favorito contra o destroçado Criciúma, que vive uma crise sem precedentes com acontecimentos incríveis em seus bastidores. A resposta terá que ser dada com futebol: nós sabemos quanto esse time pode render e a classificação para a segunda fase é uma obrigação. Lá no quadrangular, não saberemos como será. Mas o time se credenciou para uma das quatro vagas e terá que conquistar.

Nunes

O Brusque foi ao mercado e trouxe o veterano atacante Nunes como último reforço para a sequência da Série C. Conhecido por aqui por ter atuado no Avaí no time campeão catarinense de 2012, ele tem números impressionantes, com 20 gols em 26 jogos pelo Gama. Pelo que apurei, vem com pré-contrato assinado com o Resende para o campeonato carioca. Tomara que ajude.

Meia

O Bruscão trouxe três atacantes nessa reta final de janela de contratações, mas me deixa preocupada a questão do clube não ter trazido mais um meia. O clube tem somente Thiago Alagoano confiável na função, sem uma peça de reposição a altura. Além do mais, em diversas situações, o time perde uma segunda opção de armação quando Alagoano, que é o artilheiro do time, está marcado. O treinador diz que tem opções, mas não duvido que, lá dentro, ele não lamenta a falta de mais um bom jogador de armação. Um outo zagueiro também seria muito bem vindo. Mas agora não dá mais.

Crise

O Criciúma vive uma crise jamais vista, com uma chance real de ser rebaixado para a Série D. O Presidente Jaime Dal Farra já anunciou que deixa o clube no final do ano. O técnico Itamar Schulle já deu coletivas emocionadas dando impressão que não consegue mais tirar nada do time. Chegou a revelar que teve que convencer o atacante Andrew a entrar em campo. Mas tem coisa pior: depois da derrota para o São José, Itamar foi a pé, sozinho, do estádio para o hotel, enquanto que o gerente e ex-técnico Edson Gaúcho dava bronca no time. Depois, ele deixou os jogadores trancados no ônibus parado para que eles possam “refletir”. É esse o time que o Brusque precisa vencer amanhã.

Terceirona

O Carlos Renaux entra na sua última semana de preparação para o Catarinense da Série C com treinos em dois períodos e trabalhos fortes sob o comando do técnico Schwenck, que vem comandando os treinos em outros campos pela cidade, até para poupar o gramado do Augusto Bauer. A estreia será no próximo domingo contra o Atlético Batistense, no Estádio Valério Neto, em São João Batista. Aliás, a situação do gramado em SJB está lastimável. Em comparação com aquela Copa Santa Catarina que o Brusque mandou o seus jogos, a diferença é enorme. É até um risco para os jogadores.

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