Com certeza do retorno ao governo, Carlos Moisés abre diálogo com prefeitos eleitos
Com certeza do retorno ao governo, Carlos Moisés abre diálogo com prefeitos eleitos
- Por Raul Sartori
- 19/11/2020
- 13:00
Certeza
Carlos Moisés tem tanta certeza que volta ao comando do Executivo estadual dia 27 que tem telefonado a prefeitos eleitos no último domingo para cumprimenta-los e antecipar que tudo será diferente assim que assumir, isto é, vai conversar bem mais com todos e buscar soluções para problemas. Há muitas diferenças a ajustar.
Maiores perdedores
O PP e o MDB foram os grandes perdedores na eleição de domingo em Florianópolis que, queiram ou não alguns, tem repercussão no resto do Estado. Perderam feio na disputa não só para a Prefeitura, como também todo o patrimônio que tinham no Legislativo a ponto de, a partir de 2021, ambos não ter nenhum vereador dentre os 23 eleitos. Algo inimaginável até domingo.
Elas no poder
Em SC, domingo, foram eleitas 28 prefeitas, ou 28,57% das 98 mulheres que se candidatam à majoritária. Conforme o Tribunal Superior Eleitoral, 9,6% dos municípios catarinenses serão chefiados por prefeitas e 12,2% em todo o país. Os números apontam um crescimento de mulheres eleitas no Estado em relação a eleição de 2016, quando 8,4% conquistaram mandatos nos executivos municipais, e de 7%, em 2012. No Brasil, 12,2% das lideranças dos municípios serão exercidas por mulheres.
Políticos longevos
Dois políticos de SC são notícia em vários meios de comunicação do país por terem vencido nas eleições de domingo e assim completarem 48 anos de mandatos consecutivos. Vereador há 44 anos, Orvino Coelho de Ávila (PSD), de 65 anos, elegeu-se prefeito de São José. No vizinho município de Palhoça, o vereador Nirdo Artur Luz (PSD), o Pitanta, de 66 anos, há 44 na Câmara Municipal, foi o mais votado e vai para o 11º mandato.
Centro
O que os analistas políticos mais sensatos previam acabou se confirmando no domingo: os partidos classificados como de centro político foram os grandes destaques e dividiram o controle dos municípios de forma mais equilibrada. Pela primeira vez desde a adoção do atual calendário eleitoral municipal, em 1988, nenhum partido alcançou a marca de mil prefeituras conquistadas. Dono da maior bancada no Senado, atualmente com 13 parlamentares, o MDB voltou a registrar o maior número de prefeitos (774) e de vereadores (7.335), posição que ocupa desde 1988. Os principais beneficiados foram o PP, o PSD e o DEM, que registraram ganhos significativos. O PP se tornou o segundo partido com mais prefeitos (681) e vereadores (6.356) do Brasil (em 2016 havia sido, respectivamente, quarto e terceiro), seguido em ambas as listas pelo PSD (650 prefeitos e 5.673 vereadores). Já o DEM teve o maior incremento percentual de candidatos eleitos entre os grandes partidos do país, com 70% mais prefeitos e 50% mais vereadores.
Correções no contorno
Segue a novela das obras do famigerado Contorno de Florianópolis. O Tribunal de Contas da União determinou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que se abstenha de assinar termo aditivo, de cerca de R$ 1 bilhão, sem antes renegociar com a concessionária a obtenção do “valor justo dos investimentos”, com redução estimada em R$ 136 milhões.
Humilhante
As mesmas humilhações que muitos brasileiros sofrem no exterior, se repetem com muitos estrangeiros em SC. O deputado estadual Fabiano da Luz (PT), que vem dando atenção aos imigrantes e refugiados no Estado, quer que muitos deles sejam empregados em áreas onde há carências, como o caso, que se deparou há dias, de um médico trabalhando como servente de pedreiro e um engenheiro de gari.
Patrimônio
A Assembleia Legislativa deve aprovar nos próximos dias, um nobre projeto: declara a Camerata Florianópolis integrante do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de SC. Criada em 1994, já gravou 11 CDs e 5 DVDs, além de desenvolver projetos sociais, como o ensino de música para crianças e jovens carentes.
Cartórios
Quem precisa dos cartórios de notas e de registro de imóveis, em qualquer lugar, vai aplaudir a aprovação de projeto de lei, da deputada federal Joice Hasselmam (PSL-SP) prevendo que as taxas que cobram não poderão variar mais do que 50% entre os Estados e o Distrito Federal. O que motivou o projeto foi levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontando uma diferença de preço em alguns serviços de 21.000% entre os Estados.