Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - rodrigosantos@omunicipio.com.br

Faltou qualidade ao ataque

Rodrigo Santos

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Faltou qualidade ao ataque

Rodrigo Santos

Minha maior preocupação, até antes da partida em Chapecó, era saber como o ataque do Brusque se comportaria. Todos sabemos que a diretoria foi atrás de três atacantes para a Série C (e que não estão inscritos no Estadual), porque o próprio clube admitiu que não havia peça para repor a ausência de Edu. O jogo em Chapecó foi a prova mais clara disso. O Brusque saiu da Arena Condá sem sujar a camisa do goleiro João Ricardo. Em uma final de campeonato.

O ataque da Chape também foi mal demais. O placar poderia ser até maior no primeiro tempo, e acabou em apenas 1 a 0, fruto da bola aérea para Luiz Otávio, um dos componentes da forte linha de zaga verde. Para o Brusque, ir pro vestiário tomando apenas um gol saiu barato. A Chapecoense armou uma pressão de saída, o Brusque se atrapalhou todo e, após o gol, o time da casa deu a bola pro Bruscão trabalhar. Aí se viu com mais clareza que tinha um problema na área.

No segundo tempo, houve uma tímida evolução: o Brusque conseguiu fazer a bola rondar a área da Chape. Mas na hora de levantar, de tentar algo, faltou a definição (o tal do terço final que o técnico Jerson Testoni falou).

Ele tentou algo novo com Fabinho no lugar de Johnny, não deu certo. Voltou com Johnny depois, também não deu. Alex Sandro era constantemente acionado, a jogada acabava. Não tinha muito o que ser feito, nem com a entrada de Dandan depois. Aí veio outra bola aérea para Joilson ampliar, sozinho, sem nenhum zagueiro acompanha-lo na marcação.

Dá pra virar? Claro que dá, nós estamos falando de futebol e já vimos coisas das mais improváveis. Mas eu sinto que todos concordam que o time do Estadual (o da Série C e da Copa do Brasil é outro, pois tem os contratados) tinha essa limitação da falta de peça de reposição para o Edu.

A vitória da Chape foi absolutamente justa, pela competência da sua bola aérea, e a incompetência do Brusque de chegar ao gol adversário. Sem Marco Antonio no jogo de volta, possivelmente Edilson vai entrar como um ponteiro pela direita, e a necessidade de furar pelo menos duas vezes a muito bem postada linha de zaga verde. Sabíamos das dificuldades. Edu faz uma falta gigantesca, e a falta de reposição a altura (entre os inscritos para o Estadual) traz um grande desapontamento. Mas tem mais 90 minutos pela frente.

E temos que reconhecer a superioridade do futebol da Chapecoense, que tem uma bola aérea fortíssima, em cima de uma defesa que tem problemas exatamente nesse ponto. Fosse lá em março, o Bruscão teria um favoritismo. Mas Umberto Louzer conseguiu arrumar o time da Chape, que lidera a Série B por aproveitamento e fez evoluir demais o seu conjunto.

Se o título não vier, não muda em nada o reconhecimento do belo trabalho feito pelo Brusque, que lidera a Série C, um campeonato do seu patamar. Mas ficou aquela ponta de desapontamento, pelo fato do time não ter entre os inscritos do Estadual um atacante que jogue pelo menos metade do que Edu jogou até agora. Johnny e Fabinho, até agora, não deram liga.


Série C

Mesmo sem jogar no final de semana, o Brusque vai manter a liderança do Grupo B da Série C. Isso porque, ontem, o Volta Redonda perdeu a invencibilidade ao perder em casa para o Ypiranga por 2 a 1. O time gaúcho consegue a segunda vitória seguida e agora entra na terceira colocação.


Nível

Uma coisa bem clara nessa Série C é que o Brusque tem, tranquilamente um dos três melhores times do Grupo. As partidas que assisti mostram que Boa Esporte e São Bento estão bem abaixo dos outros times, enquanto que Tombense, Ituano e Londrina patinam e não conseguem engatar uma arrancada. Enquanto isso, o Bruscão faz gordura e vai pavimentando sua classificação até com relativa tranquilidade.

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