Procuradores do estado dizem que impeachment do governador é baseado em “inverdade jurídica”
Procuradores do estado dizem que impeachment do governador é baseado em “inverdade jurídica”
- Por Raul Sartori
- 28/07/2020
- 13:00
Furo
Os procuradores do estado não estão nem um pouco preocupados e esperam que a verdade prevaleça. Em resumo: dizem que na base do pedido de impedimento de Carlos Moisés, que começou a tramitar na Assembleia Legislativa, há uma inverdade jurídica. O governador não teria concedido aumento de vencimentos a eles sem lei; o que eles conquistaram decorre de decisão judicial transitada em julgado. O chefe do Executivo só a cumpriu, compulsoriamente.
Relacionamentos
Recolhido prudentemente em seu isolamento social, mas se comunicando muito pelas redes sociais, o ex-governador Henrique Córdova teve que vir a público, via Facebook, esclarecer a amigos e amigas que não são dele convites postados em seu nome para participação em um grupo denominado “Relacionamento maduro namoro e amizades”.
Corrida
Um leitor entendido no assunto manda roteiro do que pode ocorrer se o governador for afastado durante o processo de impeachment. Quem assume temporariamente, até o final deste ano, é o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júlio Garcia (PSD). Se não quiser ou puder, é o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ricardo Roesler. Se o processo de impedimento, também envolvendo a vice-governadora, for aprovado até o final deste ano, SC terá eleições diretas para o período restante do mandato. Se for em 2021, haverá eleição indireta, com o voto dos 40 deputados estaduais elegendo um nome para a chefia do Executivo estadual.
Pressão
O que está dizendo pesquisa da Associação Paulista de Medicina, de que 48,9% de quase 2 mil profissionais entrevistados em todo o país relataram pressões de pacientes de covid-19 ou parentes para que a eles fossem prescritos remédios sem comprovação científica, reflete o que se ouve de qualquer médico que atue com a doença. O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clóvis Arns, chegou a ser ameaçado de morte nas redes sociais.
Estrago feito
Satisfeito de um lado, porque foi absolvido pela Justiça Eleitoral, o ex-governador Raimundo Colombo não esconde a profunda mágoa daqueles que, sem provas, o acusaram de suposto recebimento de caixa dois de R$ 9,3 milhões da Odebrecht nas campanhas vitoriosas de 2010 e 2014. Quem o conhece diz que apesar dos estragos irreparáveis à sua reputação, vai perdoar os detratores algum dia, mas nunca esquecer.
Recusa
O descontrole no comando do enfrentamento da covid-19 em SC parece evidente, tais os desencontros. Na semana passada o governo estadual prometeu viabilizar mais leitos de UTI em algumas cidades, mas não conversou com os respectivos hospitais e prefeitos. Na região de Laguna houve quem respondesse nua e cruamente que “não quer” os leitos.
Gols
O presidente Bolsonaro, que em termos futebolísticos demonstra ser apenas anti-Corinthians (o clube preferido de Lula), angaria simpatias quando veste diferentes camisas de times em suas lives. Há dias exibiu o do Atlético Tubarão, o “Peixe”, da cidade catarinense homônima. Na live de anteontem fez a devida média com a mesma Tubarão, exibindo a “Leão do Sul”, o Hercílio Luz.
Carta dos bispos
Uma carta que acabou vazando, assinada por 152 bispos e arcebispos, entre eles o emérito de Blumenau, dom Angelico Sandalo Bernardinho, conselheiro espiritual de Lula quando presidente, batendo em Jair Bolsonaro, já está dando o que falar nas redes sociais. Bolsonaristas radicais cobram da Igreja Católica mais ações para ajudar os necessitados, favelados e vulneráveis nestes tempos de pandemia. E, cá entre nós, fazer menos política.
Investindo
Na contramão da pandemia e suas nefastas consequências, sobra para alguns a coragem de expandir ou abrir negócios. Um exemplo é o do shopping mais antigo do Sul do Brasil, o Itaguaçu, em São José. Informa a chegada de cinco novas operações até dezembro deste ano: Barbearia VIP, Fini, Acquamar, Óticas Chilli Beans e Baby Duck.
Banquete sem fim
No país da piada pronta nada se faz ou fará contra mais um escândalo intolerável: em plena pandemia, o Tribunal de Justiça de Pernambuco aprovou auxílio-saúde a seus 10 mil servidores, entre eles magistrados ativos, inativos e pensionistas, com impacto de R$ 96 milhões por ano.