Apesar da gastança desenfreada, Assembleia Legislativa não concorda em reduzir duodécimo
Apesar da gastança desenfreada, Assembleia Legislativa não concorda em reduzir duodécimo
- Por Raul Sartori
- 03/07/2020
- 13:00
Nosso dinheiro
A Assembleia Legislativa jacta-se no anúncio, com pompa e circunstância, que vai “doar” R$ 30 milhões para o Executivo aplicar na recuperação dos estragos causados pelo ciclone que atingiu o estado na terça-feira, 30. Nada mais equivocado. Trata-se de dinheiro público, suado, e que foi gerado através da atividade econômica e repassada de forma obrigatória ao Erário no formato de impostos. O dinheiro é nosso, do trabalhador catarinense, e não do Legislativo. Porquê, já que sempre sobra dinheiro, apesar da conhecida gastança desenfreada, não concorda em reduzir o duodécimo?
Relaxamento
Entristece saber que a 22ª campanha de vacinação contra a gripe chegou ao fim terça-feira, após mais de três meses de duração e que em SC não se atingiu a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde de vacinar, ao menos, 90% das pessoas que compõem os grupos prioritários. Da população total de 2.674.128 pessoas que deveriam ter tomado a dose, 74,65% se imunizaram. E vacinas que são oferecidas gratuitamente! Incompreensível isso.
Motociclistas
O plenário da Assembleia Legislativa aprovou providencial projeto da deputada Ada de Lula (MDB) que motiva o governo estadual a fazer campanha permanente para a prevenção de acidentes com motociclistas. Motivos não faltam: de 2008 e 2018, 200 mil motociclistas morreram em acidentes no Brasil. Outros 2,5 milhões ficaram permanentemente inválidos para o trabalho. Em SC, um levantamento aponta que 40% dos acidentes nas rodovias federais envolveram aqueles condutores, na maioria homens entre 18 e 34 anos.
Operação banquete
Do mesmo PSL de Carlos Moisés, o deputado estadual Jessé Lopes virou inimigo maior do governador. Foi à tribuna esta semana denunciá-lo por transformar a Casa d´Agronômica numa casa de festas. Jessé quer apoio dos colegas para sustar o decreto que tornou sigilosos os gastos da residência oficial.
Cannabis
A UFSC será a primeira fazer um teste clínico com maconha medicinal entre profissionais da saúde que trabalham na linha de frente da covid-19. O objetivo é avaliar se a substância altera o humor destas pessoas. O teste foi aprovado segunda-feira pelo Comitê de Ética da instituição. Envolverá 300 voluntários em dois grupos: metade tomará um óleo integral de cannabis e a outra de placebo. Desde o ano passado a UFSC oferece a disciplina Endocanabiologia, uma das poucas no país.
Armadilhas
A passagem deste fenômeno climático “bomba” expôs, novamente, o perigo que representam essas estruturas metálicas que carregam painéis publicitários em pontos estratégicos de cidades e rodovias. Submetidas a vendavais e tempestades, se transformam em armas de destruição caso venham a despencar, estejam onde estiverem. As prefeituras precisam fazer um pente fino no grau de segurança destas estruturas, preventivamente, antes que novas tragédias e prejuízos materiais de grande monta venham a acontecer.
Mais conforto
Levantamento da consultoria imobiliária OLX mostra que as buscas por imóveis em SC tiveram aumento de 22% durante a pandemia. A procura por casas e apartamentos com três ou mais quartos aumentou 19%. O interesse por este tipo de imóvel cresceu 22% para compra e 14% para aluguel. Os dados são de abril e maio deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Arrecadação
A arrecadação de impostos em SC foi de R$ 1,95 bilhão em junho, queda de 12,5% provocada em grande parte pelos efeitos da pandemia. A perda em junho é bem menor do que a abril (18%) e maio (22%) e representa R$ 300 milhões a menos no caixa do Estado em comparação a junho do ano passado. Os setores que apresentaram maior queda na arrecadação foram restaurantes (73%), automotores (52%), combustíveis (33,8%), têxtil (33,3%) e agroindústria (29,3%). A expectativa é de que a pior fase já tenha passado.
Reintegrado
O desembargador Eduardo Mattos Gallo Júnior, do TJ-SC, foi reintegrado, conforme decisão de terça-feira do Conselho Nacional de Justiça. Foi afastado em 2017 depois de ser acusado de corrupção e de agredir a ex-esposa. Para se defender de uma das denúncias, fez um vídeo em que aparecia nu, em frente a um espelho. O objetivo era mostrar que ele é quem havia sido agredido pela mulher. As imagens foram divulgadas nas redes sociais por terceiros e serviram para basear o pedido de afastamento, concretizado em 2017.