Em plena pandemia, número de festas privadas aumenta em Santa Catarina
Em plena pandemia, número de festas privadas aumenta em Santa Catarina
- Por Raul Sartori
- 30/06/2020
- 13:00
Desprezo
É lamentável que em plena pandemia, com casos aumentando em todo lugar em SC, a Policia Militar tenha sido acionada em dezenas de municípios, nas noites de sexta e sábado, para acabar com grandes festas em residências, com participantes sem máscara. E em algumas fazendo questão, com o som em altos decibéis, que toda vizinhança soubesse. Caberia aplicar uma infração de medida sanitária preventiva, prevista, aliás.
Presença estatal
Representantes do Conselho das Federações Empresariais de SC participaram ontem de videoconferência com os secretários estaduais da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico para reafirmar uma aspiração antiga mas que pouco tem avançado, lamentavelmente: maior participação privada nas iniciativas de desenvolvimento, por meio de concessões de serviços como os de saneamento, portos e demais projetos de infraestrutura, para que o Estado possa focar em suas atividades básicas nas áreas de saúde, educação e segurança. Perfeito. Mas quando se constata que o Estado ainda é dono de uma fabriqueta de gelo, dá para imaginar o quanto é preciso para mudar a cabeça de gestores públicos e da classe política.
Insensibilidade
Foi preciso uma decisão da 2ª Vara da comarca de Urussanga, ontem, para obrigar um homem que testou positivo para covid-19, com infecção aguda, permanecer em isolamento domiciliar por 14 dias, mesmo que um segundo teste em laboratório particular tenha dado resultado negativo.
Outro endereço
Há uma enorme pressão, principalmente de políticos, sobre a Secretaria de Estado da Educação quanto ao retorno às aulas presenciais na rede pública. Endereço errado. A decisão cabe ao grupo que coordena as ações de enfrentamento à covid-19, que o governador Carlos Moisés levado em extrema consideração. O que a SED pode, e faz, é dar subsídios para que se tome a medida mais adequada.
Brasil irreal
Só mudando de ideia ou de país será possível crer que ainda existe justiça no Brasil. Como pode uma mulher qualificar um ministro “supremo” de “canalha”, ficar 10 dias na cadeia e ser solta com tornozeleira enquanto um homem põe fogo em um ônibus com 10 pessoas dentro, em frente ao Palácio do Planalto, grita “Fora Bolsonaro!” e sai livre, leve e solto da audiência de custódia porque “não representa perigo à sociedade”?
Pudores
Apesar das evidências mais que explícitas, a maioria dos meios de comunicação de SC se encheu de dedos para informar, nem como versão, praticamente unânime de testemunhas “in loco”, a verdadeira causa do acidente de domingo que envolveu o empresário criciumense Roberto Angeloni na BR 101, em Biguaçu: excesso de velocidade. Pensando bem, com aquela Mercedes deve ser uma monotonia, para qualquer um, dirigir a 100 por hora.
Rotina
O empresário Osório Henrique Furlan, um dos pioneiros da marca Sadia, que morreu domingo, aos 97 anos, mesmo depois de décadas como aposentado, continuou trabalhando e comparecendo diariamente a seu escritório, em Concórdia.
Ditadura imaginária
A “Folha de S. Paulo” lançou uma campanha a favor da democracia com a quase certeza de que, se não há ainda, Bolsonaro vai implantar uma ditadura no Brasil. O diário paulista lança a iniciativa ignorando existir um STF transformado em tribunal de exceção, que intimida e manda prender críticos.
Candidata
Nas incursões que vem fazendo país afora, como foi no último final de semana no sul de SC, a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, aproveita para fazer sondagens de sua popularidade. Diz-se nas hostes bolsonaristas que ela tem, hoje, condições de se eleger deputada federal pelo Estado que quiser.
Escolha
Ambos aliados do presidente Jair Bolsonaro, os apresentadores de TV em SC Roberto Salum e o deputado federal Hélio Costa, estão prestes a anunciar suas candidaturas a prefeito de São José. Para lembrar: em 2018 Salum tentou vaga no Senado e conquistou 246 mil votos. A pergunta que muitos fazem é: qual dos dois Bolsonaro apoiará?
Sigilo
A Assembleia Legislativa analisa projeto do deputado Coronel Mocellin, que institui caráter sigiloso nas informações pessoais, tais como endereço e números de documentos pessoais, dos agentes públicos das Secretarias de Estado de Segurança Pública e Administração Prisional.