Apaes de SC temem corte de recursos públicos por causa da pandemia de Covid-19
Apaes de SC temem corte de recursos públicos por causa da pandemia de Covid-19
- Por Raul Sartori
- 08/05/2020
- 13:00
Angústia
As 191 Apaes de SC, que atendem 21,5 mil educandos, vivem uma angústia só: temem que governo estadual, que não se posicionou até agora, não mantenha o pagamento regular para elas, via Fundo Social, que é de R$ 30 milhões neste ano.
Sob crítica
O coronel da Polícia Militar de SC, Carlos Alberto de Araújo Gomes, novo secretário Nacional de Segurança Pública, já é alvo de crítica menos de 24 horas depois de dizer sim. Seguidores do escritor Olavo de Carvalho, vinculado à área ideológica de Bolsonaro e filhos, não gostaram da escolha e até fizeram um movimento de bastidores para barrá-la. Frearam ao saber que Gomes tem excelentes ligações com o secretário geral da Presidência, Jorge Oliveira, major da reserva da PM. No mais ganhou pontos por ser autor de uma proposta, levada ao governo no ano passado, de criação da Lei Orgânica da PM, dando à categoria certa independência em relação aos governadores.
Abordagem policial
A Assembleia Legislativa “homenageou” a PM de SC um tanto às avessas, exatamente nesta semana, em que comemora 184 anos, aprovando moção em que pede mudança nas abordagens policiais em comunidades da Capital que convivem ou são dominadas pelo tráfico de drogas. A corporação ficou indignada.
Último relatório
Sobre a malfadada Invesc e o “jabuti” defenestrado em veto do governador Carlos Moisés: o último relatório, de valores atualizados no final de dezembro de 2019, mostrava que seu passivo alcançava exatos R$ 7.189.192.495,98. Curioso: em todo o ano passado a empresa estatal se restringiu ao pagamento de despesas administrativas no valor de R$ 119.942,48. O indecoroso “jabuti” previa que quem fosse portador de títulos da empresa – um mico – poderia usá-los como crédito no pagamento de dívidas de tributos estaduais.
Suporte
Como suas operações envolvem bilhões de reais, os maiores frigoríficos catarinenses se cercaram do melhor em suporte técnico de prevenção da covid-19. As orientações foram dadas pelos mais conceituados médicos infectologistas do país (alguns vistos a toda hora na televisão) e pelo Hospital Albert Einstein, de São Paulo. Os menores tiveram que se virar. Em um deles, de Ipumirim, registrou-se até agora 44 casos de covid-19 entre os 1.300 empregados. Se tiver que fechar, o município para, literalmente.
Desburocratização
Ciente de que a burocracia mata – os exemplos são diários, por falta de ventiladores para vítimas da Covid-19 – começou a tramitar no Congresso projeto do deputado Carlos Chiodini (MDB-SC) que desburocratiza, por seis meses, o processo de certificação daquele equipamento, de forma a motivar sua fabricação no país.
Restrição para doar
Está prevista para hoje a conclusão de julgamento de ação direta de inconstitucionalidade, no Supremo Tribunal Federal, de projeto que proíbe a doação de sangue por homens gays e mulheres trans. Já há maioria favorável à derrubada. A presidente da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-SC, advogada Margareth Hernandes, que deu suporte jurídico à demanda, diz que a iniciativa é explicitamente discriminatória, pois condiciona o exercício da cidadania à orientação sexual do indivíduo.
Direita x esquerda
O ativista católico de direita paranaense Bernardo Kuster vai ter que pagar R$ 20 mil ao teólogo e filosofo catarinense Leonardo Boff e dar direito de resposta em suas páginas virtuais. Em uma delas Kuster insinuou que o ex-frei teria desviado R$ 13 milhões de recursos públicos.
Dor eterna
Em comovente entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, o ex-zagueiro Neto, da Chapecoense, sobrevivente da conhecida tragédia na Colômbia, disse que deste então, e lá se vão três anos e meio, não passou um dia sequer sem sentir dores no corpo, sem contar as dificuldades emocionais, que tenta superar. O que o alivia é a fé em Deus e trabalhar como superintendente de futebol do clube. Tanta fé que pensa em ser pastor.
Lido, alhures
“Com a licença do ex-jogador Romário, se pode afirmar que o presidente Jair Bolsonaro com a boca fechada é um poeta”.
Corporativismo
Começou a tramitar no Senado projeto de decreto legislativo que chama a atenção: propõe a proibição, pelo Executivo, de pagamento de horas extras, auxílio-transporte e alguns adicionais para servidores públicos que estão trabalhando remotamente durante a atual pandemia. Corporativismo asqueroso.