Pacientes curados do coronavírus devem continuar tomando medidas de segurança, em Brusque
Estudos são inconclusivos sobre a possibilidade da pessoa contrair a doença mais de uma vez
Estudos são inconclusivos sobre a possibilidade da pessoa contrair a doença mais de uma vez
Até o momento, estudos são inconclusivos sobre a possibilidade de contrair o Covid-19 mais de uma vez, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A OMS diz que, estar curado inicialmente, talvez não proteja a pessoa de voltar a ter a doença no futuro.
Em nota divulgada no sábado, 24, a OMS diz que ‘atualmente, não há evidência que pessoas que se recuperaram do Covid-19 e têm anticorpos estão protegidas de uma segunda infecção’ e que ‘detectar a presença de anticorpos não é o mesmo que concluir que estes conferem imunidade’.
A OMS adverte que a reinfecção depois de alguns meses ou anos é comum entre outros tipos de coronavírus humano. Além disso, não é clara a porcentagem de pessoas que devem estar imunes para proteger o restante da população, no que a infectologia chama de imunidade de grupo, porque isto depende da capacidade do vírus de se espalhar.
Na Coreia do Sul, foram registrados casos em que pessoas inicialmente curadas haviam apresentado teste positivo para o Covid-19 um tempo depois. No Brasil, não há nenhum registro de um paciente que tenha sido contagiado duas vezes pelo vírus.
O secretário da Saúde de Brusque, Humberto Fornari, explica que os pacientes do município já curados da doença recebem orientação para que continuem tomando todas as medidas de segurança.
“Vão continuar usando máscaras, fazendo o distanciamento, porque as demais pessoas podem ser infectadas. Então, mesmo curados, precisam cumprir as normas do decreto vigente”, diz.
Fornari lembra que a pessoa, mesmo curada, pode ser um agente transmissor do Covid-19. “A pessoa precisa lembrar que pode ser um agente transmissor. Não é porque ela está curada, que não pode continuar contaminando outras pessoas via transporte. A gente pede para que todos continuem alerta principalmente a higiene da mão”.
O secretário lembra que a literatura médica ainda não tem uma conclusão sobre este assunto, mas que as precauções precisam continuar.
“Existem relatos de pessoas que tiveram Covid-19 e voltaram a contrair a doença depois de alguns meses, então a gente fica nessa dúvida, mas, a princípio, a gente considera a pessoa inicialmente curada apenas como possível vetor contaminante através das mãos”, explica.