Petrobrás reduz preço do combustível, mas postos insistem em explorar consumidor
Petrobrás reduz preço do combustível, mas postos insistem em explorar consumidor
- Por Raul Sartori
- 25/03/2020
- 13:00
Exploração
Há postos de abastecimento de combustíveis em SC que registram uma queda de até 50% nas vendas. Mas apesar das sucessivas reduções feitas pela Petrobras nas refinarias, na região metropolitana de Florianópolis o famigerado cartel se mostra bem à vista: raros vendem o litro da gasolina por menos de R$ 4,50.
Oportunismo
Merecem anos vendo o sol nascer quadrado alguns oportunistas aqui de SC que nesse momento de aflição tentam faturar e explorar o consumidor, como os donos de uma fábrica clandestina de álcool em gel fechada pela Polícia Civil segunda-feira, em Criciúma. No domingo outra foi fechada em Joinville. Detalhe: em Criciúma o álcool em gel estava sendo fabricado com álcool de posto (etanol) e gel de cabelo.
Fora da dívida
Nos vários projetos novos que estão entrando no Legislativo estadual como consequência da pandemia está um do deputado Ulisses Gabriel (PSD), que suspende o envio de débitos dos catarinenses para a dívida ativa. Beneficiaria pessoas que não tiverem condições, nos próximos meses, de pagar todos os impostos ou as taxas estaduais. Outros estados já aprovaram isso, de forma temporária.
Datafolha
O Instituto Datafolha levantou que Jair Bolsonaro, somando entre os que acham sua gestão ótima, boa e regular, chega a 61% de aprovação dos brasileiros. Mas, para os trocentos analistas e especialistas do jornal, o governo está perto do fim. Chegou a vaticinar, ignorando o índice acima, que a pesquisa “é um importante recado das ruas sobre a figura do presidente da República”.
Emprego
O empresário Luciano “Havan” Hang passou ser uma voz muito lida e ouvida, via redes sociais, pela mídia especializada. Em uma de suas últimas postagens alertou que quem perder o emprego agora, pode ficar na fila de espera de cinco a dez anos para conseguir um novo. Repetindo: cinco a dez anos de espera.
Não
Pródiga em montar rapidamente uma estrutura completa para cobrar a infame taxa de proteção ambiental dos visitantes, a Prefeitura de Governador Celso Ramos levou rotundo não do Tribunal de Justiça, a quem recorreu depois que o governo estadual não disponibilizou policiais militares e bombeiros para montar barreiras sanitárias. Com o poder público no limite de suas forças para garantir a segurança e o cumprimento das medidas de combate ao coronavírus, o pedido é um descalabro, não?
Arrogância
Foi necessária a intervenção do poder Judiciário do estado para que uma igreja evangélica deixasse de ser arrogante. Apesar de todos os decretos par contar o covid-19, insista em realizar reuniões e cultos. A decisão teve origem em uma ação civil pública ajuizada por uma associação de médicos.
Xenofobia
Autoridades judiciais e policiais estão monitorando o comportamento de alguns xenófobos da região de Lages, que através de postagens em redes sociais tentam culpar comerciantes e pessoas de outras nacionalidades residentes na Serra, pelo coronavírus.
Com amor
Movimento criado em Florianópolis a partir do apelo de uma funcionária pedindo para não ser demitida de uma lanchonete, quer fomentar a prática do consumo em negócios locais através do “Delivery com Amor” durante a quarentena do coronavírus. Mais de 70 empresários de diversos setores, voluntários todos eles, trabalham no projeto para minimizar impactos econômicos negativos através da plataforma, no ar desde segunda-feira e com mais de 100 estabelecimentos imediatamente cadastrados, oferecendo seus produtos para entrega. Algumas centenas de empregos estão a salvo.
Exemplo do Chile
Parlamentares da Câmara dos Deputados do Chile aprovaram, por unanimidade, medida para reduzir à metade os salários e outras remunerações dos políticos, pelo período de 60 dias. Os congressistas tupiniquins, que custam, cada um, R$ 200 mil mensais, estariam dispostos a ato tão patriótico?
Vantagens
Não há que se discordar do que alguns analistas começam a apoiar, ou seja, que a coincidência de mandatos, com eleições a cada quatro anos, pode dar uma economia tremenda às finanças públicas. A Justiça Eleitoral custa ao contribuinte R$ 6 bilhões ao ano. Sem contar o imoral fundo eleitoral que de R$ 2,7 bilhões/ano.