Prefeitura de Brusque desiste de reforma administrativa no último ano desta gestão
Projeto está concluído, mas não será enviado para a Câmara de Vereadores em 2020
Projeto está concluído, mas não será enviado para a Câmara de Vereadores em 2020
Anunciada no início desta gestão, a reforma administrativa da Prefeitura de Brusque não será enviada para a Câmara de Vereadores neste ano. De acordo com o secretário interino de Governo e Gestão Estratégica, André Vechi, o projeto da reforma está concluído, entretanto, não há tempo hábil para que seja enviado para a Câmara, discutido de forma aprofundada e colocado em prática.
“Analisamos e percebemos que esse projeto não poderia ser discutido com a calma que necessita, teríamos muita dificuldade em implementá-lo, por isso, optamos por deixar ele parado”, diz.
O fato de esse ser um ano eleitoral e o último desta gestão também influenciou na decisão, de acordo com Vechi. “Esse é um ano atípico, tem situações que fogem do nosso controle. O processo de implantação da reforma exige engajamento das lideranças e muitos nesse período vão se desincompatibilizar para disputar a eleição, o que também prejudicaria”.
Vechi avalia que não adianta aprovar o projeto da reforma administrativa, sendo que no próximo ano existe a chance de uma nova gestão assumir a prefeitura e não dar continuidade ao processo.
“Não sabemos como será no ano que vem. A reforma está pronta, só vamos esperar o resultado das eleições”, diz.
Promessa de campanha de 2016, a criação de um novo modelo de gestão para a Prefeitura de Brusque teve diversos problemas burocráticos que acabaram atrasando sua aplicação. “No início do governo, que é o momento mais apropriado para se fazer uma reforma administrativa, tentamos com a empresa Eficaz, mas não deu certo. Depois, contratamos outra empresa por licitação, que ficou seis meses no município e quando entregou a primeira fase, detectamos indícios de plágio e rescindimos o contrato”.
Após os problemas com as duas empresas contratadas, a prefeitura decidiu fazer a reforma com a equipe interna. Vechi diz que apesar de a lei não ter sido aprovada, a prefeitura já vem fazendo algumas ações que se encaixam dentro da modernização da gestão.
Entre essas ações, o secretário interino de Governo e Gestão Estratégica destaca que vários cargos comissionados estão desocupados, o que resultou, nos últimos três anos, em uma economia de R$ 19 milhões.
“Na prática, muitas alterações já foram feitas. Nossa ideia era cortar gastos e fazer uma gestão mais enxuta e eficiente. Além da economia com a folha de pagamento, também estamos digitalizando vários processos internos e de fluxo entre as secretarias, e também externos para o atendimento do cidadão”.