Há 142 obras paralisadas há mais de 90 dias em Santa Catarina
Há 142 obras paralisadas há mais de 90 dias em Santa Catarina
- Por Raul Sartori
- 11/10/2019
- 13:00
Susto
Controlador-Geral do governo do Estado, Luiz Felipe Ferreira levou um susto, literalmente, ao ler os números apresentados de obras paralisadas em SC. São 142, há mais de 90 dias e com valores que chegam a R$ 30 bilhões. Estima que para colocar tudo em dia seriam necessário um ano e meio.
Disparidades
Escreveu-se aqui que o usuário do trecho sul da BR-101 em SC vai ter que abrir o bolso sem pestanejar já que em um trecho de 200 quilômetros terá que pagar pedágio em quatro praças. Leitores do Paraná repicam: mandam dizer que lá, no trecho Curitiba/Paranaguá, de 90 quilômetros, há somente uma praça de pedágio e seu valor é de R$ 20,90. Diferença monstruosa para o trecho entre Curitiba e Joinville, com duas praças, que cobram R$ 2,70 cada, para um trecho de 125 quilômetros. Inexplicável.
Garantia solidária
Projeto do senador Esperidião Amin (PP-SC), que autoriza o uso de garantia solidária por microempresas que precisam tomar empréstimos financeiros, foi aprovado anteontem no Senado por 55 votos a favor e nenhum contra. Segue agora para sanção presidencial. O projeto permite que pequenos empreendedores, pessoas físicas ou jurídicas, se associem para ajudar a superar a barreira da famosa garantia.
Atraso
O futuro dirá o quanto vai custar para a economia catarinense o atraso do projeto da Ferrovia Litorânea, entre o Sul e o Norte de SC. Foi feito em 2008 para ser entregue em 2011 e tudo empacou porque o traçado passa apelo Morro dos Cavalos, em Palhoça, onde há uma diminuta reserva indígena. Esta semana aconteceu mais uma rodada de negociações, inclusive com a participação do ministro Sérgio Moro, para tentar resolver o impasse com os índios, que em outubro de 1995 reivindicaram, em processo de demarcação, 121 hectares, mas mudaram de ideia em 2002: passaram a exigir 1.988.
Tragédia
A pedido da deputada Luciane Carminatti (PT), a sessão de anteontem da Assembleia Legislativa foi interrompida por um minuto de silêncio pelas 42 mulheres vítimas de feminicídio em 2019 em SC, igualando os casos de 2018. A deputada é autora de projeto que institui nas escolas públicas e privadas o ensino da Lei Maria da Penha.
Justiça restaurativa
Uma pena que a nossa mídia não dá importância a iniciativas extraordinárias aqui em SC, como a que está unindo o Ministério Público, Judiciário, Executivo, Defensoria Pública, OAB, Fecam, Udesc e Unisul, em um amplo acordo com foco na busca de uma Justiça com foco na pacificação e no estímulo a soluções consensuais.
O uso da Justiça Restaurativa irá impactar a vida do cidadão na medida em que ela pode ser aplicada dentro da escola, pacificando aquele ambiente, em conflitos familiares, dentro do sistema prisional, socioeducativo e em outros contextos. A busca, incessante e permanente, será pela promoção da cultura da paz. Boa sorte.
Poder
É do pensador Maquiavel a que sempre será célebre frase “Dê poder ao homem, e descobrirá quem ele realmente é”. Em uma única palavra (“esqueça”, referindo-se ao PSL, seu partido) o presidente Jair Bolsonaro vem sacudindo a política e os políticos do país há dois dias.
Ídolo de barro
A começar pela falta absoluta de humildade, o craque Neymar consolida sua imagem de ídolo de barro. Às vésperas de fazer sua centésima partida com a seleção brasileira (um humilhante empate em 1 a 1, ontem), afirmou ter privilégios na equipe e merecer um tratamento diferente por “ser um dos principais nomes”.
Reciprocidade
A Comissão de Educação do Senado começou a analisar projeto prevendo que parte do salário de professor deve estar ligada ao desempenho de seus alunos. Que tal projeto prevento que parte do salário (seu aumentou ou redução) de senador esteja também ligado a seu desempenho?
Integração
A Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados aprovou projeto do catarinense Fabio Schiochet (PSL) que determina a integração dos registros do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) ao sistema de cadastros da rede hoteleira. Permitiria, em princípio, a pronta identificação de indivíduos alvo de mandados de prisão em aberto. Sem contar que favorece o combate à criminalidade e estimula o turismo no país.