Apoio do MDB à reforma administrativa de Moisés não virá de graça
Apoio do MDB à reforma administrativa de Moisés não virá de graça
- Por Raul Sartori
- 21/05/2019
- 4:49
Fatura
Se diz nos bastidores que não é assim tão de graça o apoio dos nove deputados estaduais do MDB à reforma administrativa do governador Carlos Moisés. Consta que os emedebistas querem, em troca, uma participação no governo, com indicados seus no comando da Celesc, Epagri e Casan, para começar.
Impaciência
O empresário Luciano “Havan” Hang continua no palanque de Jair Bolsonaro, mas já revelando certa impaciência com o entorno do presidente. Em rede social, vem cobrando apoio. Insiste em dizer que o mais difícil foi feito – ganhar a eleição – e que agora é preciso fazer as mudanças. Esteja onde estiver, promete estar na fila da frente nas manifestações de rua de apoio a Bolsonaro, no próximo domingo.
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Corporações inquietas
Não há um texto disponível, como aquele que o presidente Jair Bolsonaro compartilhou sexta-feira, em que o governador Carlos Moisés possa revelar, indiretamente ou não, as pressões que sofre para manter tudo como está, ou seja, os odiosos privilégios de um grupelho de umas mil pessoas no setor público, e o resto que se lixe. Mas quem acompanha os fatos mais de perto, nas sombras, tem certeza de que as corporações (políticos, magistrados e empresários, entre outros), que sempre se beneficiaram das benesses do poder, tentam de tudo para fazê-lo uma espécie de refém. Por enquanto é só isso. Noutro momento, pode vir a chantagem, sabe-se lá como. O governador tem seus escudos para defesa. Quem viver, verá.
Firmeza
A nova administração estadual, diante do primeiro fato do gênero, se impôs, firme, aparentemente: os professores da rede pública do estado que deixaram de dar aula para ir às ruas, semana passada, em manifestações contra o contingenciamento de verbas federais para a educação, terão desconto em folha.
Perdas tucanas
O PSDB se prepara para a troca de sua direção nacional dia 31, com a aclamação do ex-deputado federal Bruno Araújo (PE), da nova geração tucana, chamada “cabeça preta”. Seu desafio será estancar as seguidas desfiliações, principalmente de prefeitos. Uma das mais sentidas foi do ex de Blumenau e candidato a vice para o governo do estado em 2018, Napoleão Bernardes.
Gás estatal
O plano do governo federal para expandir o mercado de gás natural e reduzir o preço ao consumidor, particularmente para as indústrias, esbarra na resistência de parte dos governos estaduais em privatizar suas distribuidoras. Levantamento feito pelo jornal “O Globo” aponta que ao menos sete estados são contrários à privatização, entre eles SC. A desculpa é que primeiro a Petrobras tem que abrir mão do monopólio da infraestrutura no setor.
Sem recesso
Em Braço do Norte, município do sul de SC, a população fez pressão e o que parecia pouco provável, agora tem chance de ser aprovado: o fim do recesso de 15 dias (era de um mês até dois anos atrás) de seu Legislativo. Que sirva de exemplo.
Trajetória
Esta coluna acompanhou, ao longo do tempo, a história da consagrada modelo joinvilense Ana Claudia Michels e de seu sonho de fazer faculdade de Medicina. Agora, aos 30 anos, ele se concretiza. A moça, que é um doce de pessoa, já é médica e faz estágio no SUS em uma cidade próxima à São Paulo. É um atestado de que inexiste modelo para o sucesso pessoal.
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Herói
A “Folha de S. Paulo” quebrou uma regra na coluna obituário, domingo. No lugar de mortes de humanos, o personagem foi o cão labrador Barney, do Corpo de Bombeiros Militar de SC, de 3 anos de idade, que morreu dia 3 em Içara.
Comida
A crítica gastronômica paulistana está ansiosa com a chegada do chefe de cozinha Felipe Schaedler, catarinense de Maravilha que há 15 anos se mudou para o interior da Amazônia, onde faz demoradas expedições a tribos indígenas em busca de novos sabores. Na capital paulista, na primeira quinzena de julho, o dono do Banzeiro, famoso restaurante em Manaus, vai exibir os ingredientes e costumes daquela imensa região brasileira. Tucunarés e pirarucus à parte, já um tanto conhecidos, há muita curiosidade sobre um prato que tem como matéria-prima principal a formiga saúva. Schaedler vai apresentá-la aos comensais no alto de uma porção de creme de mandioquinha.