Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

Maio: mês das mães

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - padreadilson@omunicipio.com.br

Maio: mês das mães

Pe. Adilson José Colombi

Maio tradicionalmente é dedicado às mães. Para nós cristãos católicos, as mães: são – Maria de Nazaré, Mãe de Jesus e nossa própria mãe, viva ou morta. As referências bíblicas a Maria não são muitas. As que são feitas, porém, já nos mostram, com certeza, a personalidade e a missão de Maria de Nazaré, na História de nossa salvação. Gostaria de trazer para o leitor amigo e a estimada leitora, apenas, três passagens bíblicas, onde ela aparece e se mostra como é.

A primeira passagem é aquela da Anunciação e Encarnação da “Palavra (Verbo) de Deus que se fez carne”, em Nazaré. Maria foi a jovem judia, escolhida pelo Pai das Misericórdias, para ser a Mãe do Messias prometido na Antiga Aliança. Escolha que pede uma resposta.

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Maria, embora não compreendendo todo o alcance da missão que ela era chamada a cumprir, responde com um “Sim”, cheio de generosidade e doação: “faça-se em mim, segundo Tua Vontade”. Essa é a Maria do Sim. Da aceitação, da adesão e da entrega ao Plano de Salvação do Pai que será realizado, plenamente, pela Pessoa e Missão do Filho, Jesus Cristo, Filho de Maria de Nazaré (Cfr. Lc 1, 26-38).

Outra passagem bíblica, bastante sugestiva e que mostra muito bem o perfil de mãe de Maria. Ela está presente em um casamento em Caná da Galileia. A cena das “Bodas de Caná”, muito conhecida e ilustrada de muitos modos. É a Mãe intercessora. Solícita. Pronta para arregaçar as mangas e ajudar no que for preciso. Aquela que está presente à festa, não, apenas, para fazer número ou usufruir o que for oferecido, mas para estar à disposição, para servir no que for necessário. Representa aquele olhar feminino que tudo vê e tudo observa, não para criticar, para depois comentar com outros (hoje, colocar nas redes sociais). “Eles não têm mais vinho”! Está faltando algo que deveria estar aí, porque faz parte do acontecimento celebrado. A Mãe, então, vai até o Filho e discretamente, sussurra no ouvido dele: “eles não têm mais vinho!” E consegue que Jesus antecipe sua “Hora”, acata a sugestão e acontece o primeiro milagre: a transformação da água em vinho generoso e finíssima qualidade. Essa é Mãe que Jesus nos deu como nossa Mãe, na Cruz. Aquela que está sempre pronta e disposta a auxiliar todos os filhos e filhas, sobretudo, quando necessitados (Cfr. Jo 2, 1-12).

A terceira passagem bíblica que nos dá mais uma faceta da pessoa e personalidade de Maria de Nazaré é a sua presença ao pé da Cruz, no Calvário, naquela Sexta-Feira que marcou, para sempre, toda a História da Humanidade. Atitude corajosa diante do sofrimento. Soube tomar essa decisão porque treinou em sua vida para esses momentos que fazem parte de toda a vida humana (Basta lembrar sua fuga com o menino Jesus para o Egito, aos doze anos a perda dele, em Jerusalém, todas vezes que Jesus, na sua vida pública, foi perseguido e injuriado,…). E de todas as mães. Sempre há dor e sofrimento em qualquer vida humana. São fiéis companheiros de todos nós. E também de todas as mães que verdadeiramente assumem sua missão de mãe. Maria está aí, ao pé da Cruz. Sofre sem se desesperar e associa-se ao Sacrifício Redentor de seu Filho. A dor não a derruba, nem a desvia de sua missão de ser a Mãe do Senhor e todos os seus irmãos e irmãs de todos os tempos (Cfr. Jo 19, 25-27).

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Maio, mês que os católicos/as do mundo inteiro, reverenciam Maria de Nazaré como a Mãe do Salvador. Aquela que o próprio Filho não quis guardar só para si, mas a deu, na Cruz, para todos nós. Por isso, nesse mês, nós veneramos a nossa mãe que nos deu a vida e nos educou e também a Mãe que Jesus nos entregou como grande presente. Que ela interceda e nos proteja a todos nós como filhos/as seus/suas.

Um abraço carinhoso em todas as mães e que sejam felizes com seus filhos/as. Parabéns, mãe pelo seu dia! Que Deus a abençoe sempre mais.

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