A era Waguinho
O Brusque se despediu do Campeonato Catarinense de uma maneira melancólica, pra não dizer irritante.
Tinha o jogo contra o Metropolitano na mão, vencendo por 1 a 0 e controlando a posse de bola, tendo inclusive a chance de ampliar. Tomou um gol do adversário e entrou em parafuso, levando a virada logo depois.
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Apenas o reflexo de um time que encerrou o estadual com números de rebaixamento: depois da vitória sobre o Marcílio em casa, que botou o time no G4, o Bruscão parou: foram quatro derrotas e um empate nos cinco últimos jogos, a pior campanha entre os dez times na reta final do campeonato (um ponto contra seis do Metropolitano).
Pior: se somarmos apenas a campanha do returno, o time estaria na última colocação com apenas sete pontos conquistados, empatado com o Hercílio Luz. O que salvou o time do rebaixamento foram os 13 pontos conquistados no primeiro turno da competição.
Mesmo dizendo que a campanha foi boa, os números desmentem qualquer argumento do agora ex-técnico Marcelo Caranhato, que viu o time perder embalo na segunda metade do estadual, arrumou problema com Hélio Paraíba e caiu na desgraça do torcedor, que não viu um time combativo em campo. É necessário mudar, mas não só o técnico: pode ser que a diretoria não admita, mas errou feio na montagem do elenco, montando o pior time dos últimos anos.
Dentro desse processo de reestruturação, uma bola dentro: Waguinho Dias colecionou bons trabalhos nos últimos anos, em clubes com o perfil parecido com o do Brusque: foi assim no Inter de Lages, no Tubarão e, mais recentemente no Marcílio Dias, onde acabou eliminado das semifinais no critério de desempate. Se ele tivesse um camisa 9 como Hélio Paraíba ou Isac lá em Itajaí, o time estaria na semifinal.
Tinha um meio-campo bom, um bom atacante de beirada mas não tinha centroavante. Criava muitas jogadas mas não tinha alguém com competência para concluir. O novo técnico do Brusque, contratado até final do Catarinense de 2020, é um bom pontapé inicial para a operação Série D, em uma chave que permite ser primeiro colocado até com certa tranquilidade.
Agora, vem a parte 2, com a montagem do time. Penso que uma reestruturação profunda precisa ser feita. É hora de dar gás novo, manter poucos do atual elenco e buscar subir de patamar, com o conhecimento que Waguinho tem, para buscar boas opções no mercado, que é bem menos hostil nessa época do ano, já sem a concorrência de todos os campeonatos estaduais.
É apenas um primeiro passo de um projeto, que passa pela melhoria de vários setores do clube (a gerência de futebol também precisa ser questionada, deixou o vestiário pegar fogo e nada fez). Que o time consiga se recuperar da má imagem do estadual, sob o comando do “técnico dos sonhos” do torcedor.
Reforços
A diretoria do Brusque foi atrás de dois jogadores treinados por Waguinho Dias no Tubarão: Fio e Romarinho. O diretor de futebol do clube do sul, Julio Rondinelli, recebeu ligação do pessoal daqui enquanto participava de um programa de televisão. Enquanto isso, o goleiro Zé Carlos, que retornou aos treinamentos após uma cirurgia, renovou contrato até maio do ano que vem.
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Basquete
O time de basquete de Brusque vai crescendo jogo após jogo no Campeonato Brasileiro. Com três vitórias seguidas em casa, a última por dez pontos de diferença sobre o então líder Unifae, de São Paulo, o time do técnico Bicudo se consolida no G4 da competição, e jogando muito bem. Caso o time se classifique para o “Final Four” do torneio, há uma possibilidade considerável da Arena Brusque receber os jogos decisivos.
Amador
Final de semana tem a última rodada do Campeonato Municipal de Futebol Amador, com todos os classificados já definidos, restando ver os confrontos da fase mata-mata. As boas pedidas do final de semana são os jogos Santos Dumont x Cia do Esporte, sábado, no Estádio Primeiro de Maio, e Abresc x Paysandú, domingo pela manhã, em Águas Claras.