Apesar do clamor por renovação, pesquisas apontam que 75% dos deputados e senadores atuais vão se reeleger
Apesar do clamor por renovação, pesquisas apontam que 75% dos deputados e senadores atuais vão se reeleger
- Por Raul Sartori
- 23/08/2018
- 4:50
Contradição
Difícil entender a cabeça do eleitor brasileiro, que, apesar de tanto desejar e falar em mudança, fazer juras de indignação contra a roubalheira, vai reeleger o mesmo do mesmo, já que pesquisas apontam que 75% dos deputados e senadores atuais vão manter seus cargos. E para corroborar tudo, um presidiário é líder nas pesquisas para presidente da República.
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Mais e menos
Assessor direto de um importante postulante a governador do Estado disse, numa roda, que nos primeiros contatos cara a cara, nas ruas, no interior, seu candidato tem ouvido mais de uma vez um conselho para levar em “máxima consideração”, se chegar lá: que pense “mais no resto de SC e menos em Florianópolis”. É a imagem, longe de ser falsa, de uma Ilha de SC um tanto indolente e consumista, em muitos sentidos, que tem dela a gente além das três pontes da capital do seu Estado.
DNA
Diomício Freitas, ainda uma lenda impagável na imagem popular e empresarial do sul catarinense, está sendo revivida na política partidária de 2018. Seu neto, Daniel, é o único postulante do PSL de Jair Bolsonaro a uma vaga na Câmara dos Deputados pela região.
Boquinha
Não é só o cargo de coordenador de campanha para governador – pelos menos dos candidatos com mais intenções de voto – que provocam disputas renhidas, já que há muitos cabos eleitorais interessados. Em todas as cidades do interior a briga é para escolher coordenadores locais, e qualquer poste sabe com que intenções futuras eles se dispõem a imenso sacrifício que é, hoje, cabalar votos. Tudo tem um interesse, só pessoal. É ou não é verdade?
Sucessão
A Assembleia Legislativa informa que deu início à recomposição de sua Mesa Diretora após a morte do presidente, Aldo Schneider (MDB), domingo. Não diz, mas havia um movimento intenso de bastidores, aparentemente abafado diante de algumas reações populares, para catapultar o deputado Manoel Mota da terceira suplência para a presidência. Seguindo o regimento interno, o 1º vice-presidente, Silvio Dreveck (PP) assume a presidência até o fim do ano, quando acaba a legislatura atual, sem necessidade de nova eleição. Em relação à vacância do mandato de Schneider, o próximo suplente que será convocado para assumir até o final da legislatura será Mota.
Engajamento
Alguns analistas políticos catarinenses não conseguem esconder uma impressão, muito visível nas redes sociais, principalmente, que é o forte engajamento do eleitorado de Jair Bolsonaro. Fiéis ao extremo, ignoram completamente as críticas que ele recebe, principalmente da chamada grande mídia nacional.
Traição
As centenas de catarinenses que tem também cidadania italiana se sentem traídos pelo senador Fausto Longo, que com o voto deles foi eleito senador para o Parlamento da Itália, há cinco anos. Pois agora, a Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo está questionando a candidatura dele para deputado federal pelo MDB. O Tribunal Superior Eleitoral afirma que não há proibições na lei para este tipo de caso. Longo garante que, se eleito no Brasil, renunciará ao cargo na Itália.
Autossuficiente
O campus da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) em Biguaçu é o primeiro do Brasil a gerar 100% de sua energia, oriunda de 596 painéis fotovoltaicos que ocupam uma área de mais de 1.000 m². Vai levar o mesmo projeto para seus demais campus.
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Empregos vagos
Em SC, atualmente, mais de 20 mil das 40 mil vagas de trabalho reservadas para pessoas com deficiência, garantidas pela chamada Lei das Cotas (lei federal 8.213/1991), estão esperando candidatos. Para tentar mudar um pouco o quadro, visando aproximar cada vez mais as pessoas com deficiência do mercado de trabalho, o Ministério Público do Trabalho em SC (MPT-SC) agendou mais uma edição de sua Semana Inclusiva, em setembro, com participação de mais de 30 instituições, em várias cidades.
Dedução do IR
Doações de pessoas físicas e jurídicas a centros privados de assistência social e à saúde sem fins lucrativos poderão ser deduzidas do Imposto de Renda, desde que os projetos de assistência tenham sido aprovados pelo Ministério da Saúde ou pelo Ministério do Desenvolvimento Social, prevê projeto do senador Dalírio Beber (PSDB-SC), que tramita na Comissão de Assuntos Econômicos.