Um conceito que antecede o que realmente é…

Do dicionário, “qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico”.

Até aí, tudo bem. Todos temos preconceitos, pois temos uma história, um conjunto de aprendizagens que fazem no primeiro momento ativar nossa mente, escanear nossos arquivos e escolher os elementos que irão registrar o preconceito naquele exato momento.

Parece muito trabalho assim, descrevendo passo a passo, mas tudo isso acontece em milésimos de segundos e em questão de poucos segundos já temos uma impressão, uma informação, um sentimento sobre a pessoa, que estamos frente a frente. Às vezes, já aparece uma afinidade logo de início, outras vezes, ficamos tentando achar os arquivos da mente para encaixar com o que já conhecemos, e algumas perguntas vem logo… De onde? Parece familiar? Será que conheço? E aí se passaram alguns segundos…

Mas quando esse preconceito não fica só na primeira impressão…?

Outra definição é “sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância”.

Na nossa sociedade ainda paira muito preconceito- pessoas que se acham no direito de se utilizar do pré-conceito para ter poder sobre outra pessoa, talvez porque tem algum status ou simplesmente por pertencer a algum nicho que se fortalece ao se fazer no ponto fraco do outro.

E quando o próprio colega resolve encher o seu ego as custas de um espezinho alheio? Simplesmente não dá para acreditar em tempos de tanto progresso e inteligência humana, ainda tem gente que se presta a isso!

Somos indivíduos, pessoas capazes de pensar, inteligentes, sensíveis a ponto de perceber, de conhecer outra pessoa, na sua grandeza humana.

Podemos exercer a empatia, de nos colocar no lugar da outra pessoa e avaliar se o que falamos ajuda ou fere o colega, o funcionário, os pais, os filhos, o irmão e até quem não conhecemos, mas nos deparamos de vez em quando.

U09ma passagem do seriado Anne with an E – entre os muitos temas relevantes abordados – apresenta o quanto um preconceito pode aprisionar a vida de uma pessoa. Muito bem representado pelas personagens Marilla e Rachel, nas suas tramas. Na Netflix, confere lá!

Você pode escolher se permitir conhecer, reconhecer suas fragilidades e se empoderar de sua história, sua vida. Coragem! Ah, se a pessoa aprisionada a seu preconceito pudesse ser solta, libertada, quem seria ou poderia ser…?


Sabrina M. Schlindwein
– Psicóloga