Não é a primeira vez que comento no Município sobre as antipatias
à distância que desenvolvemos em relação a artistas. O cara pode ser talentoso,
mas não suportamos vê-lo na tela. A moça é linda e boazinha, mas ficamos com
vontade de esganar a sujeita. Um mecanismo gêmeo (do mal) do que nos faz virar
fã. Humanos, somos estranhos.
Talvez essa implicância básica tenha me mantido inicialmente
longe da série Revenge,
progatonizada por Emily VanCamp.
Tudo porque ela era chatinha em uma série chatinha, Everwood. Segundo minha
amiga Roberta Marques de Barros, ela também levava a traumas em Brothers and Sisters, mas como eu
devo ter visto só o piloto de Brothers and Sisters, nem cheguei a perceber a
moça lá.
(Talvez seja um caso típico de excesso de personagens. Sinto
que isso também aconteceu com Parenthood, mesmo sendo fã incondicional de
Lauren Graham)
Revenge não tem tantos personagens. E a história vingativa,
ao estilo Conde de Monte Cristo, é totalmente recomendável. Li um comentário
apontando a série como boa substituta de Desperate Housewives no quesito mulheres diabólicas e seus planos surpreendentes. Mas não acho que seja o
caso de trocar Bree Van de Kamp por… Emily VanCamp. A.k.a. Emily Thorne ou
Amanda Clarke. Infelizmente, já que DH está na metade de sua última temporada,
não temos muita escolha. Mas perderemos em humor. Revenge é coisa séria.
A excelente antagonista Victoria Glayson, cuja faixa etária
é mais equivalente às desperate, é vivida por Madeleine Stowe, um rosto
marcante da virada dos 80 para os anos 90. Fez Tocaia, O Último dos Moicanos e
Short Cuts. Mas é um daqueles casos em que o rosto “descola” da obra. É mais
fácil lembrar dela do que dos papéis que ela fez. Intrigante.
E, como toda pesquisa sempre traz surpresas, o IMDb me
contou que ela é casada desde 1986 com o também ator Brian Benben. O Dr.
Sheldon Wallace de Private Practice. Outra série preferida entre mulheres –
segundo Charlie Sheen, mulheres na menopausa. Reclame com ele.
Revenge está na programação da Sony. Ainda legendada, mas não custa lembrar da promessa/ameaça do canal de passar a ser 100% dublado.