Você, que navega entre Youtube, WhatsApp e pela Internet afora: já parou para pensar sobre as últimas campanhas da marca Avon? Utilizando mulheres que passam longe do padrão tradicional imposto pela mídia – daquela mulher impossível, fictícia – a marca faz desfilar nas telas outros biótipos e empodera a mulher do nosso tempo.
Notamos que, em grande parte de sua história, a publicidade brasileira representou a mulher através de diversos estereótipos que durante algum momento fizeram parte do subconsciente cultural brasileiro.
Contudo, devido à difusão do acesso à informação e o acesso a tecnologias e plataformas de comunicação online, vive-se na atualidade um processo de evolução na temática feminina: uma parcela de mulheres, muitas vezes feministas, têm reivindicado espaço e representações publicitárias dignas para todas. Tendo assim surgido no Brasil, como uma tendência estrangeira, a publicidade feminista – o femvertising.
No Brasil, o femvertising ainda encontra-se em uma fase de disseminação e de compreensão por parte da sociedade e também das empresas. Em que diz respeito à marca AVON, foi pioneira sobre o tema da publicidade feminista. Ela apropriou-se de temáticas e questões sociais para validar seu discurso e mostra-se atenta ao que acontece na atmosfera social.
O que era conveniente dizer às mulheres dos anos 90 não é mais cabível dizer às novas mulheres – que dividem os espaços físico e virtual de maneira empoderada e incisiva, sendo perceptível a mudança de valores difundidos no discurso e nos mecanismos de manipulação publicitária.
À medida que a publicidade feminina ganha discursos feministas, as empresas que por muito tempo subjugaram a imagem da mulher e ajudaram a reforçar estereótipos negativos, acabam redimindo sua trajetória.
Adentramos um momento em que estão sendo reconstruídos os modelos representativos da mulher na propaganda, que buscam se fundamentar sob valores como liberdade, igualdade, pluralidade de belezas e respeito.
É provável que em determinado momento o tema empoderamento feminino e a publicidade feminista não estejam mais em pauta, porém as mudanças neste momento são palpáveis, embora ainda haja muitos paradigmas sociais para desconstruir dentro do universo publicitário feminino.
E você, consumidora empoderada? Qual marca anda fazendo a sua cabeça?