Concessionárias esperam aumento nas vendas de veículos novos em 2018

Janeiro de 2018 teve aumento de 17,54% em emplacamentos em relação a janeiro de 2017

Concessionárias esperam aumento nas vendas de veículos novos em 2018

Janeiro de 2018 teve aumento de 17,54% em emplacamentos em relação a janeiro de 2017

A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores de Santa Catarina (Fenabrave-SC) registrou crescimento de 17,54% em janeiro de 2018, quando comparado ao mesmo mês do ano passado. No total, 13.663 novos veículos, entre automóveis, utilitários leves (furgões, caminhonetes e camionetas), caminhões, ônibus e motos, foram emplacados em janeiro de 2018 no estado. Comparado a dezembro de 2017, houve queda de 17,94%, considerada normal por causa das vendas de fim de ano.

No Vale do Itajaí foram emplacados 30,77% veículos a mais em janeiro de 2018 (4.003) do que em janeiro de 2017 (3.061), com a queda natural em relação a dezembro de 2018 sendo de 13,56%. “Todo ano isso acontece, as pessoas gastam mais em dezembro. Então, janeiro costuma ser pior que dezembro. Fevereiro, com poucos dias úteis, também não tem grandes números, então um crescimento mês a mês começa a partir de março”, explica o diretor-executivo da Fenabrave, André Andreazza.

Em dezembro de 2017 foram vendidos cerca de 17 mil novos veículos em Santa Catarina. Em janeiro de 2018, foram 13,6 mil, enquanto que no mesmo mês do ano passado foram vendidos cerca de 11 mil. “O crescimento entre os dois meses de janeiro foi muito grande porque a base de comparação é baixa. Em 2013, até o começo de 2014, as vendas no estado somavam 22 mil unidades por mês. Em 2015 e 2016, esse número caiu pela metade”, avalia Andreazza, que vê como principais causas da recuperação a estabilização da inflação e a volta gradual da confiança do consumidor. Em outubro de 2017, a marca de 14 mil unidades vendidas mensalmente foi atingida.

Andreazza comemora o crescimento por demonstrar uma recuperação, mas reitera que os números estão distantes das principais marcas atingidas pelo setor. “É bom que estamos nos recuperando, mas as porcentagens são feitas em cima de valores baixos. Se crescermos 20% neste ano, vamos estar uns 30% abaixo das médias históricas de 2013”.

Concessionárias apostam nas SUVs
As SUVs têm sido muito procuradas em Brusque e, portanto, o público com poder aquisitivo para comprar este tipo de veículo é o principal alvo das concessionárias. O diretor da Uvel Chevrolet em Brusque, Roberto Zanatto, espera crescimento de 16% nas vendas da concessionária em 2018. “Não são veículos populares, são veículos que custam cerca de R$ 100 mil. E teremos novidades após o primeiro semestre. O setor automobilístico está bem atuante”.

O diretor-executivo da Fenabrave, André Andreazza, vê que a preferência pela SUV substituiu os modelos Sedan médio. “A migração para a SUV não vem a partir dos carros populares, são pessoas que procuravam o sedan médio e grande e que agora passam a preferir a SUV, seja pelo tamanho ou pela segurança, com um preço não muito diferente”.

A Automega Renault de Brusque foi exceção, tendo faturado mais em janeiro de 2018 do que em dezembro de 2017. Para o consultor de vendas Philipe Camargo o início do ano tem sido ótimo. “Em 2017, tivemos muita procura, mas não tantos fechamentos de negócio. E agora, em janeiro e nesse comecinho de fevereiro, convertemos muitas procuras em vendas. Batemos metas, e vendemos bastante pra empresas e deficientes físicos”.

De acordo com o economista e professor da Uniasselvi, Arílson Fagundes, as vendas de veículos foram embaladas pela recuperação do consumo interno e pelas exportações. No entanto, ele não compartilha do otimismo manifestado por concessionárias. “Recomendo cautela sobre o ritmo de recuperação do mercado interno. A economia ainda não apresenta uma estabilidade. Claro que as vendas cresceram. Pautas de investimentos e redução tributária tramitam no governo, e se isso vier a acontecer, uma nova safra de vendas poderá estar a caminho”, avalia.

Fagundes reforça que a recuperação deve ser comemorada, mas levando em consideração as perdas de anos anteriores, é difícil ver este crescimento como algo que devolva à indústria automobilística seus melhores desempenhos.

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